Principio
não elogiando ao MP, porque talvez não possuo esse cacife, mas agradecendo ao
Ilustre Promotor local por tão importante ação, sobretudo em relação à
reposição das aulas que possivelmente tenham sido suprimidas em função do
descumprimento da vigente proposta pedagógica. É a medida mais positiva possível
e todos saem ganhado, o Estado baiano já fizera isso algumas vezes antes.
Não sou o ator principal de quem se espera a melhor resposta
para este tema em comento. Faço uma crítica, claro, construtiva aos pais e ao
Ministério Público, a quem já me dirigi em outro momento pedindo que nos
ajudasse a resgatar o prestígio da Educação. Aos pais, porque tardaram para se
manifestarem e ao MP, porque ainda não apresentou a essa sociedade uma proposta
que atraia todo o corpo docente, discente e administrativo, como se mostrou
favorável desde abril próximo passado. Talvez, data vênia, o MP tenha esperado
por nova fase, como esta manifestação que culmina nesse salutar acordo para
poder agir. Por esse ângulo, a falha é de todos nós pais. Pois, a justiça
precisa ser provocada, para que, a par de um fato, tome as devidas
providências. Assim faz o MP, o guardião das Leis brasileiras. Nosso principal
advogado, aos quais, devemos muito, e, precisamos contribui também. Fazer, o
que se chama, da nossa parte.
A educação precisa ser perseguida na base de tudo, antes do
sonho, para dormir com ela projetada, sob o risco de sonhar pesadelos. A
educação flui positivamente quando se chama para o debate toda uma comunidade,
como os pais, os alunos, os professores, pedagogos e as organizações
pertinentes. Isso só é possível, se a sua largada for logo aos primeiros dias
de cada ano letivo.
Deste debate, é preciso que se colha as mais diversas
informações possíveis em relação a pedagogia do ensino, com ênfase para uma
pesquisa de campo, para identificar seus focos e asperidades estranhas. Com
isso, é possível diagnosticar as culturas e preferências regionais, princípios
sagrados para a efetivação da educação. Mas não é só isso. Uma infinidade de horizontes e parceiros
devem serem envolvidos, não para falar de salários atrasado ou de transporte,
mas do conjunto que se arquiteta a educação.
O instrumento básico e indispensável para se chegar ao sucesso e
entrelaçar todas as alinhavadas premissas, é uma Proposta Pedagógica aprovada
sob a batuta de toda a sociedade educativa e civil. A proposta pedagógica
elaborada e aprovada para orientar o ano letivo de ao menos 200 dias, é
inarredável. Se não aprovar uma proposta pedagógica para a educação, inclusive
prevendo os direitos e deveres de cada envolvido, não há, como desempenhar o
papel educativo. Tudo não passará de um local tal qual um circo bem enfeitado e
sem bons atores. Moral: existir só para
gastar o dinheiro público com folha? Não. INVESTIR O DINHEIRO PÚBLICO para se
alcançar dias melhores e seres humanos preparados.
Sem querer ser crítico a ponto de ser mal visto pela educação,
eu desconheço qualquer proposta pedagógica que tenha sido aprovada durante a
jornada anual de educação para Pilão Arcado. Se estivermos falando a verdade,
isso dificultará o nosso maior parceiro o Ministério Público, que, se manifesta
de forma exemplar.
Bom, meu comentário parte da premissa de que é preciso nos
organizar e contribuir e não basta está aqui atirando pra todo lado. O poder
público tem as suas falhas, mas, para sermos educados, devemos procurá-lo para
as tratativas necessárias, pois a educação é de todos e salva vidas.
Vamos adiante, lápis e cadernos nas mãos e educação no coração. Abraço deste apaixonado pelas letras.