terça-feira, 25 de outubro de 2016

Lavando a jato não se limpa o Brasil


    Redovagno Ribeiro

A limpeza que os brasileiros esperam vão além do jato coerente e certeiro do Juiz Sergio Moro. 

O alvo magistral do brasileiro Sergio Moro na aplicação das Leis que decretam prisões, conduções coercitivas, delações e apreensões tem demonstrado ao longo da operação Lava Jato que a cada caso em apuração, não uma só pena, mas se arranca um avestruz inteiro.

O dilúvio não anunciado, mas a tona, hoje combatido de Curitiba para o resto do mundo pelas mãos dos diversos Procuradores da República em busca de ladrões da antiga Terra de Santa Cruz que virou Brasil dos brasileiros, detidos por um sistema que depena toda a pátria pode continuar às escondidas, se o Congresso Nacional não elevar a 180ºc o caso das reformas brasileiras.

Achar que a Batizada República de Curitiba sozinha vai conseguir baixar as larvas do dilúvio que os políticos permitiram se formar a partir de reformas miseráveis e sem o mínimo de concretude possível, é permitir o holocausto prematuro da nação frente ao mundo moderno que se lapida em terrenos europeus.

O Brasil está deficiente. Escorregamos no comodismo e no achismo. Esperava-se que a boa vontade dos brasileiros fosse o marco suficiente para impedir que amputassem as pernas por onde cresceria o Brasil a partir do século XXI. Foi tudo ao contrário.

Cada um governou do seu jeito, sem gestão, sem compromissos coletivos e sem vontade republicana. Foi então a vez da parentalha e da corrente próxima que fez surgir bordões como nepotismo, algo estranho só no nome, mas que significa parente nomeado por parentes no serviço público.

Agora bate na porta de cada um de nós o desespero. Sem pernas, o Brasil não consegue si aposentar porque a previdência foi atingida pelas brasas da corrupção banalizada que alguns acham ter vindo da genética lá de Vera Cruz.

Sem cientistas de naipe a descobrir a pílula anticorrupção, já seria tempo de se preocupar com uma grande UTI para o internamento da saúde pública, que pode dar seus últimos suspiros mesmo se tratando pelo SUS. Não é rima ou coincidência chamar a sigla SUS assim. Seu Último Suspiro.

Se o desespero e a angústia se tornam cada vez mais evidente entre os ocupantes dessa pátria, é cada dia maior o tamanho da cratera que impede sonhos, desastre advindo da ausente senhora educação.

Meio que tenebroso falar isso, mas o investimento da Nasa na exploração de outros planetas, pode não ser em vão. Quem sabe um dia possa ser obrigado o desembarque em solos marcianos de uma nova geração.

Sendo mal de saúde, ruim em educação, somos também incapazes de metralhar a corrupção, a doença do século que muitos a carrega com empolgação, mesmo sabendo que ela mata e aleija de pressa.

Entre tantas cassadas aos ladrões, coisas banais nos dias de hoje em qualquer telejornal, a única coisa que se ver são discursos vazios que não passam de pequenas expectativas de mudanças que tipificam as pouquíssimas reformas introduzidas. Coisas de formiguinhas preguiçosas. Até janela para troca de partido se criou.

Seria essa a janela por onde fogem alguns operantes da corrupção? São coisas assim que causam imperfeições e sonhos Brasil afora. O que poderia ser uma porta a se abrir, passa-se a pensar numa estratégia, qual seja, arrombar uma janela para fugir. De onde para onde não se sabe.

Mesmo assim, o jato da caneta de Moro não tem nos falhado. Tudo bem que para um Brasil continental, só mesmo “mísseis” de grande alcance para atingir de pressa a ex subterrânea corrupção. Hoje, a tomar assento nos melhores palácios de governo.

Os preclaros magistrados brasileiros devem se sentir esmagados por um arcaico pensamento, afirmando que a política manda em tudo. Bem que poderia ser verdade, se ela não estivesse preste a se enforcar pelas reformas que não saem. O termo político em si, perdeu a razão de ser para dar lugar a compra de poder e de cargos, em todas as esferas administrativas.

Isso é um bombardeio nos operantes das Leis, que aos poucos quebram essa insaciável cultura, mandando para a cadeia aqueles que se escoram no cargo político para decapitar sonhos que a Pátria precisa.

Espera-se que um dia se dêem conta de que a política seja um bem coletivo, de união e progresso para os povos. Ou se muda a rota, ou darão de cara por aí com muitos Moros, Joaquins, De Sanctis, Dellagnol, entre tantos outros patriotas invejáveis.

Causa arrepios e calafrios em quem busca as mazelas para desviar verbas públicas, porque sabem que logo ali, podem colidir com o Jato de Moro. Que se cuidem os fracos que mergulham nas profundezas da corrupção.

Desmistificar as razões porque se qualifica em corrupção ao invés da lisura no serviço público, não é fácil. Alguns acham que a corrupção compensa. Mas como isso seria possível?

Não tem o menor cabimento esse esdrúxulo pensamento. Como compensa se ela sai matando, adoecendo e desequilibrando todos? É possível que do ponto de vista momentâneo sim, mas numa analise aprofundada, a corrupção jamais foi compensatória.  
Quem compensa é a educação. É o caminho mais conhecido e capaz de lavar a jato as cabeças de quem imagina que corromper faz bem.

Outros asseguram que uma compra de votos não passa de um investimento para se chegar ao poder pelas vias da compra de consciência.

Isso tem contornos condenatórios tais quais as penas de morte em países mundo afora. Essa afirmativa deixou de ser algo estranho para emporcalhar as campanhas eleitorais em todo Brasil.

Em Pilão Arcado por exemplo, um Juiz mandou apreender a partir de denuncias de cidadãos, materiais de construção como cerâmicas e argamassas, que seriam produtos doados em troca de votos. A aparição do caso foi ao crivo da imprensa via Blog do Senhor Perez Mangueira. Não se sabe pelo menos por ora, se o material será libertado ou se terá que permanecerem presas. Será que vem aí um Júri popular?

São situações inusitadas que intrigam o Brasil. Essas; sei lá, insignificantes corrupções. Alias, inusitadas mesmo pelo fato de ser em Pilão, onde uma caixa D’água acabou por impedir o mais jovem prefeito da nossa história de seguir em seu governo até o final. Foi muita água bebida sem sêde que fez falta recente entre nós.

Listadas dias e noite em todos os discursos de quem opera sem anestesia a política, as reformas é que não saem. A política, a previdenciária, a trabalhista, todas inclusive, são apenas ideias soltas ao vento.

Ao interver como acham aqueles que odeiam a Força Tarefa de Moro e seu time perfeito de apuração, a Lava Jato, vai aos poucos desenferrujando a roda quadrada da república que mais estraga que constrói.


Pode ser que um dia de tanto rodar, a roda se arredonde de fato, e possamos engolir redonda a República dos Sonhos. 

Pois então Moro, continue lavando a jato que nem tudo é em vão. Vamos aguardar as reformas, elas estão na lista de pedidos das 10 medidas do MPF, só falta quem tenha a coragem de preparar a massa que um dia virará um bolo de doce que todos possam saborear. 

Por ora há um bolo ácido de embrulhar qualquer estômago, como disse o Papa Francisco. Corrupção fede e mata!

quarta-feira, 16 de março de 2016

Uma semente alemã nos permitiu renascer.

RIBEIRO, Redovagno Gomes

Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, Evangelho de São Marcos, capítulo XII, versículos 13 a 17.

Temas que já conhecemos ao longo desta fabulosa cidade de Pilão Arcado, nos faz  sentir prazer ao ver reprises acerca delas. Alguns retratados de forma resumida, irão guiar a nossa fala a partir de agora. Passando pela Alemanha, Estado de Goiás, Campo Alegre de Lourdes, Velha Pilão Arcado, e, finalmente desembarcarmos no terreno onde prega há anos, a simplicidade, a honradez e o amor ao próximo, o Irmão Guilherme Mayer.

Principiamos perguntando. Onde estávamos quando não te víamos Guilherme? As tantas respostas para esta indagação, você mesmo pode encontrar a partir da entrevista que fizemos ao nosso Irmão Guilherme Mayer. O homem do coração que nos encanta há décadas.



Utilizando seu estoque de experiências adquiridas ao longo da sua peregrinação em favor da família, Guilherme Mayer, Padre Guilherme como é conhecido desembarcou entre nós para olhar com paciência a irmandade sofrida que habitava na ainda Velha Pilão Arcado, na antevéspera do final da década de 1970.

Guilherme Mayer, Pároco de Pilão Arcado, nos recebeu em 09.09.2015 para essa conversa em sua residência como ele sempre é.  Humilde e pregador de uma forma carismática que somente ele sabe fazer.

Guilherme Mayer sempre buscou uma Igreja que representasse a simplicidade, que nunca aspirasse riquezas e poder. Esse é o seu estilo mais forte, e que o torna sempre mais humano e maiúsculo em suas ações.

Ao me encontrar com o Irmão Guilherme, confesso que me sentir pequeno por um lado, e gigante por outro. Isso porque ser recebido para entrevistar um ser humano daquele estilo é difícil não tremer, pela sua trajetória de vida e pela presteza infalível que tem com todos nós pilãoarcadenses.



Mais vamos lá ao que nos interessa.

Redovagno: Irmão Guilherme Mayer, como foi a sua chegada a Pilão Arcado?

Padre Guilherme: Cheguei a Pilão Arcado em 15.03.1978 para assumir a Paróquia Santo Antônio em companhia do Irmão Dieter e Bernardo. Tivemos a companhia temporária do Irmão Bernardo, que foi nosso pároco até 1982, hoje comanda a Paróquia de Campo Alegre de Lourdes, nossa cidade có-irmã, com quem matemos intercâmbio social e até religioso. Ele foi importante na caminhada da nossa paróquia. E logo, eu assumi os trabalhos religiosos e sociais.

Redovagno: Durante esse tempo de Pároco, o Senhor deixou de fazer algo que seria um sonho seu e da Igreja?

Padre Guilherme: Tentei fazer aquilo que precisávamos. Trabalhos pastorais na cidade e nos povoados. Investimos em educação e saúde, e, orientamos politicamente nosso povo. Tentei muitas coisas, e conseguimos algumas. Algumas não saíram como eu imaginei.

Redovagno: A seu ver, como era a comunidade católica em Pilão Arcado?

Padre Guilherme: Nossa paróquia tinha 12.000 k², 200 comunidades, foi difícil, mas procuramos atender a todas. Incentivamos a fundação de associações, discutíamos a educação e a saúde. Era uma comunidade católica não só na cidade, mas no interior, onde eram bem mais ativos e donos de uma fé muito grande.
Redovagno: A igreja fez um contra ponto a alguns governos de Pilão Arcado na direção da defesa da família e da convivência no sertão. O Senhor não acha que isso perdeu a efetividade?

Padre Guilherme: Acho que não perdeu a efetividade não. A sociedade é que se desenvolveu politicamente. A Igreja tem de ser política. Quer dizer, separar o que é bom e não apoiar aquilo que é ruim. A partir daí pregamos a fé, dizíamos que aquilo que não presta pode ser mudado.

João Ribeiro do Vale apoiou bastante a Igreja. Eu pessoalmente agradeço muito a ele pelas defesas a mim e à Igreja, foi ele o político de Pilão que mais contribuiu com a Igreja. Sua fé e amor à Igreja nos ajudou bastante.

Redovagno: O Senhor vai deixar a igreja? Vai se dedicar a que? Eu pergunto isso porque as pessoas já estão se lamentado ao saber que a idade do Senhor seria o impedimento legal para dar continuidade a esse majestoso trabalho aqui em Pilão Arcado.

Padre Guilherme: Não vou deixar a Igreja, porém não poderei ser Pároco daqui a alguns anos. Essa situação vai depender muito do Bispo da Diocese de Juazeiro Dom José Geraldo, mas não vou deixar Pilão Arcado. Estarei sempre aqui. Olha Redovano, eu tinha uma Casa na Alemanha que minha mãe e meu pai deixaram de herança. Fiz um estudo arquitetônico do imóvel e ao final, percebi que para restaurá-la gastava muito, então eu decidir me desfazer do imóvel.

Com o dinheiro eu comprei um terreno na cidade de Senhor do Bom Fim aqui Bahia. Lá, Eu estou construindo uma casa de oração. Melhor dizendo, um mosteiro. Lá será feito um local de estudos religiosos e de orientações religiosas. Daremos apoio e estudos às famílias que nos procurar. Não tenho outros planos reais.

Redovagno: A Gestão Pública está deficiente? Aqui em Pilão as pessoas chegam a dizer que só o Senhor arrumaria a nossa cidade em termos estruturais. Tem algo a comentar sobre isso.

Padre Guilherme: Acho que nunca conseguiria ser governo em Pilão Arcado. Nunca sonhei. Sou estrangeiro e sou impedido. Como religioso tenho outras missões.

Guilherme acrescentou que as pessoas que faz a gestão dos governos pilãoarcadenses são despreparados e isso tem atrasado o nosso crescimento do município.

Redovagno: O Senhor foi criticado isso já há alguns anos. Qual era o medo que tinham do Senhor? Me refiro a sociedade política de Pilão Arcado.

Padre Guilherme: As críticas se referiam justamente ao trabalho prestado pela paróquia. Educação, a saúde e à orientação política. Talvez o medo de perder o poder para uma sociedade organizada que passariam a enxergar as coisas por outro ângulo.

Redovagno: O Senhor foi chamado de Veste Saias em Praça Pública. Isso inclusive é trecho do Livro a Lei da Mordaça Jamais Será Cumprida, de autoria do Ex Vereador Guarabira Queiroz Lima. Isso já foi superado?

Padre Guilherme: Sim. Certa vez eu Estava no Feijão ai me dirigir à residência de Jessezinho e o procurei. Jessezinho se eu já lhe fiz algum mal me perdoe. Ali foi por conta da cachaçada Padre Guilherme, disse Jessezinho. Eu que lhe peço perdão, respondeu o Ex vereador. Aí, tudo foi superado. Hoje por exemplo há familiares dele na Escola da Paróquia.


Ser curioso é sempre motivo de sabedoria. Foi assim a relação Pilão Arcado, Padre Guilherme. Mas Guilherme foi além de tudo isso. Em um certo trecho da nossa fala, Guilherme argumentou que ao ver uma igreja cheia, trabalhou sempre pela aproximação das pessoas e isso se tornou o bem maior deste Município.

A nós que o acompanhamos com paciência o trabalho do alemão que pretende afixar eternamente a sua vida e após ela também em Pilão Arcado, admiramos a sua simplicidade dia-a-dia.

Isso tem dado inspirações a todos, tanto no campo da fé como na qualidade de gestor. Guilherme faz a gestão eficiente não só da Paróquia, mas de todos os órgãos que fortalecem a comunidade, como A SAET e a Escola de Ensino Fundamental Santo Antônio. Isso sem se falar nos grupos evangelizadores que ativam jovens e adolescentes rumo a uma vida sem embaraços.

Todas essas ações que o caracteriza como um homem com espírito humano e grandioso, faz a sociedade pensar que Guilherme é o maior patrimônio de um povo que enfrenta uma cidade que na maioria das vezes lhe falta os serviços básicos, como educação de qualidade, saúde, e uma infraestrutura voltada para a melhoria na qualidade de vida.

Guilherme Mayer tem combatido a sucumbência do termo humano de forma inteligente, vezes levando ao altar de Santo Antônio de Pádua, local de fé e esperanças vivas, o “gás” que tem escapado pelas fissuras abertas pelo poder público, por onde exala a oportunidade de emprego, renda, e qualidade de vida.

A postura progressista da semente que nos rendeu os frutos que não tínhamos antes de Guilherme, fez aventar notícias de que ele corria atrás de um cargo eletivo. Tema rechaçado por ele nesta entrevista.

Padre Guilherme diz que seu corpo e ações são incansáveis, e, de fato é fácil se perceber isso pelo avanço da Igreja e dos seus parceiros.

 Assim, é possível que percamos o medo de faltar entre nós o Guilherme e seus ensinamentos que de uma forma bem trabalhada farão parte dessa cidade para sempre.

Todas as fotos do texto foram retiradas do Blog da Paróquia Santo Antônio

Foco na saúde!

                                                                    Rosana Lashley Health Coach / Holistic Nutrition Mentor in Human Develop...