PREP – PROFILAXIA DE PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV
Artigo
de Paulo Haran Antunes de Santana
Enfº Espª Micropolítica e Emergência
A Profilaxia
Pré-Exposição, ou PrEP, como é mais conhecida, é um dos componentes da
abordagem adotada pelo Ministério para combater o HIV, chamada de prevenção combinada,
onde a pessoa tem a opção de usar um método de prevenção ou combinar vários que
se ajustem às suas necessidades, características individuais ou momentos de
vida.
É dentro desse contexto
que o SUS passa a oferecer a pílula que combina o medicamento tenofovir e o
entricitabina. Um único medicamento por dia é tomado regularmente, mesmo que
não haja suspeita de exposição, pois o objetivo é que ela funcione como uma
barreira para o HIV antes da pessoa ter contato com o vírus. Diferente da
Profilaxia Pós-exposição (PeP), um outro método de prevenção que é utilizado nos
pós exposição ao vírus. A PEP deve ser iniciada até 72 horas após a relação
sexual sem camisinha ou acidente com algum objeto perfuro-cortante onde possa
ter havido contato com o vírus. O tratamento é feito com três medicamentos e
duram 28 dias. A PEP também está disponível no SUS.
Após o início do uso da
PrEP o efeito protetivo só começa após o sétimo dia de uso diário do
medicamento para as relações envolvendo sexo anal. Já para as relações
envolvendo sexo vaginal, a proteção só começa após 20 dias de uso diário. É
preciso frisar que o remédio, evidentemente, só tem esse efeito protetivo para
quem não tem o vírus. Quem já tem o vírus, não deve tomar a PrEP, porque o
esquema para tratar é diferente do esquema para a profilaxia.
O medicamento funciona
como uma forma de bloqueio para que o HIV não infecte o organismo. “Ao tomar o
comprimido diariamente, a medicação impede que o HIV se estabeleça e se espalhe
pelo corpo. Ela de fato coloca o Brasil alinhado com o que há de mais avançado
em termos de prevenção”. Mas não são todas as pessoas que podem fazer o uso do
medicamento na rede pública no Brasil. Por enquanto a PrEP só será ofertada
para as pessoas mais vulneráveis ao risco de infecção pelo HIV que são os
homens que fazem sexo com homens (HSH), gays, população trans, trabalhadores e
trabalhadoras do sexo e casais sorodiferentes (quando um já tem o vírus e o
outro não). Além disso, este não é o único critério que será utilizado pelo Ministério
da Saúde: os profissionais de saúde vão prescrever a PrEP para pessoas que
tenham uma maior chance de entrar em contato com o HIV, principalmente por não
usarem preservativos nas relações sexuais. Mas mesmo com outros métodos de
prevenção surgindo no SUS, e com a oferta da PrEP, há um reforço necessário a
ser feito: utilizar o preservativo nas relações sexuais, e como um dos métodos
a serem utilizados. “Só a camisinha previne das outras infecções sexualmente
transmissíveis – como a sífilis, gonorreia, clamídia etc. além de evitar a
gravidez. Por essa razão é importante o uso da camisinha”.
Como faço para integrar
no sistema de distribuição do PrEP (Truvada)? Por questões de estudo, no nosso
Brasil o medicamento ainda se encontra em estágio de teste de aceitação, uma
vez que ainda existem paradigmas e/ou desconhecimento por parte da população me
relação ao HIV/AIDS, então, se faz necessário ir até um dos grandes centros de
CTA (FioCruz, Carlos Chagas e outras instituições credenciadas a rede de cada estado).
1
passo: Fazer a inscrição;
2
passo:
Consulta com o infectologista, ele vai solicitar todos os exames (anti-hiv I e
II, Hep C, Hep B, Sifilis, HTLV);
3
passo: Consulta com psícologo;
4
Assinatura do termo de estudo e cumprimento na responsabilidade de tomada do
Truvada (Lembre-se que a cada 4 meses voce será testado novamente para poder
pegar medicamentos para mais 4 meses).
Ser feliz e lembre-se que
esse meio de barreira se restringe apenas ao HIV, a camisinha ainda é melhor
método de barreira.
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