PRONUNCIAMENTO DE REDOVAGNO GOMES RIBEIRO NA AUDIÊNCIA
PÚBLICA REALIZADA NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO EM 08.04.2014.
(Essa fala não foi apresentada integralmente em razão do tempo. Alguns dados importantes também não tive como expor(MEC e INEP))
Senhoras e
Senhores,
Senhoras e
Senhores, Procuradores (as), estamos aqui para operar um paciente em coma. A senhora
educação está na UTI. Porém ainda não é momento de choro, visto que os
especialistas estão todos aqui na expectativa da realização dessa cirurgia, que
ao final, tenho certeza que retiraremos qualquer enfermidade constatada e o
paciente receberá alta e voltará a transcorrer firme e digna.
Falo a esta
assentada como cidadão pilãoarcadense, mas, sobretudo como pai e por ter uma
visão que subentendo ser a saída para o processo educacional se firmar como a
janela perfeita para todos nós.
É triste Senhoras e
Senhores, ouvir de muitos gestores em educação e até de professores afirmarem
que o alunado não quer nada. Como não quer nada? .....
Entretanto,
considerando esse descontentamento tenho uma saída sugestiva para isso: Entendo
que alunos não podem ter sala de aula. Professor é que deve está em definitivo
durante seu horário na sala onde ministra suas aulas. Para conclusão dessa
regra, os alunos é que devem se levantar e irem ao encontro do professor e da
aula seguinte, isso em outra sala.
É interessante
lembrar, que uma turma, ao deixar sua sala, outra já estará adentrando naquela
dependência e assim vice e versa.
Outra situação
penosa Excelências, notei em rápida visita a algumas escolas, pude notar um
desprezo total para com os Livros Didáticos. Essa é uma situação intrigante,
visto que, a não utilização dos livros didáticos a meu ver significa dizer, vá
aprender na “PQP”.
Como sugestão central aponto como Projeto Inicial a instituição de um
Conselho Gestor, aliado ao Conselho de Educação que já é constituído, mas que
está pelo avesso em relação aos tempos modernos.
A educação não pode ser tratada como um pequeno pedaço de chão que se
cobre com um guarda chuvas, como tem se visto atualmente. É preciso que um
gestor em educação dê bolas não só a seus parceiros de trabalho e seus
jurisdicionados, a pegada tem que ser ampla, como visitas às escolas, às
comunidades, delegação de competências e buscar a solidificação das culturas
regionais, a fim de que se monte uma teia com as mais diversas ramificações e
pensantes.
A imensa maioria dos brasileiros não
acredita mais nos governos, nem nos seus políticos, não respeita as
instituições, não acredita em suas leis, nem na sua própria cultura,
acostumou-se com a desordem governamental e passou a ver como normal as
notícias trágicas sobre corrupção, violência, etc.
Portanto, o Brasil precisa investir
na cultura brasileira, iniciando pelas escolas, empresas, igrejas, instituições
públicas e assim por diante, começando pela educação patriótica, afinal, um
grande povo precisa amar e honrar seu grande país, senão é invevitável que à
longo prazo, comecem surgir milícias armadas na busca de espaço e poder
paralelo ao governo, ainda mais, sendo o Brasil um país de proporções
continentais como é(Resumo de Joelmir
Beting).
Nossa ideia Senhoras e Senhores
ganhará sustância se pormos em pratica a experiência de outras cidades por
exemplo. Mas entendo que, a maior força deve partir de todos os pilãoarcadense,
incluindo-se neste projeto, o CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, O CONSELHO
TUTELAR, O CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, A PASTORAL DA CRIANÇA, OS
SINDICATOS, AS IGREJAS, CÂMARA DE VEREADORES, FUNDEB, Um RH Municipal que não funciona,
instituir o ponto de frequência para entrada e saída de alunos.
Este último ponto, inclusive ajudará
os pais a controlar o desempenho de seus filhos em tempo hábil e proveitoso.
Ainda sobre o RH que não funciona, é
preciso que se diga que Recursos Humanos serve para instituir ideias novas aos
profissionais, dar a eles orientações pedagógicas e suporte em suas atividades;
tais como: cursos, palestras, encontros, congressos, infraestrutura,
aparelhagem etc.
Em Pilão Arcado, o RH tá mais pra DP
do que para Relações Humanas, que é órgão mais utilizado para apuração de
irregularidades na administração e demissão. Chega! Assim não dar. O RH tem que
se aliar aos servidores ajudando-os a desenvolverem suas atividades.
Esses órgãos estão adormecidos e sem
representação, isto porque, falta em nossos governos uma ação mais efetiva que
possa subir monte acima e dar suportes necessários para o lançamento dessa rede
do bem.
Vejo ainda, permita-me, um Ministério
Público ausente, situação que fez crescer a desordem na cidade, geralmente
vindas inclusive das camadas mais jovens, situação que poderia ser amenizada
com uma atuação conjunta dos Conselhos como o Tutelar que muito pouco faz.
A educação no momento certo e com
todos seus aparatos afiados é para a criança como a chuva é para uma planta ao
nascer, se lhe faltar molhado ela morre. Diferente não é uma criança, se lhes
faltarem educação, morrem, mata, viram bandidos, e em muitos casos vencem o
lado bom, que somos nós aqui por exemplo.
Incrementando de forma a doer no coração faço lhes uma pergunta: Alguém
aqui precisa de seguranças para realizar suas atividades? ...Tá vendo aí; se
existisse educação nesse Brasil jamais andaríamos escoltados por homens.
Em Pilão Arcado, se algo não for feito, em menos de dez anos estaremos
reféns da criminalidade e presos em um só cativeiro comandado pelos jovens que
hoje estão sem destino certo e sem apoio psicológicos para enfrentarem a dura
vida que um sistema em formato de pesadelo lhes corroem.
Registramos que o problema da baixa educação em nada tem haver com os
recursos públicos, a cota FUNDEB em Pilão Arcado é suficiente para tanto.
Porém, só há fingimento. Eu finjo que ensino, você finge que aprende e
os gestores fingem que estão gerindo bem os recursos, e, assim o resultado é
esse. Notas que não chegam a três.
Ainda em 2010 o município sancionou o Plano de Carreira do Magistério e
os salários dos professores não são tão ruins. Significa então, que o problema
está na gestão educacional e não em recursos públicos.
Por este ângulo, há um grave problema, professores ministrando aulas sem
o devido grau exigido pelo MEC, refiro-me aos professores com tão somente o
ensino médio.
Uma situação que também nos chama atenção é as extensões de algumas Faculdades
que abrem suas maletas em Pilão Arcado sem que até mesmo, o Poder Público tenha
conhecimento do seu trabalho. A iniciativa é louvável, porém, falta a
celebração de uma parceria a fim de que não chegue a Pilão Arcado, problemas de
organizações de ensino, sem o devido reconhecimento. Se isso vier a ocorrer o
Conselho Municipal de Educação tem que ser responsabilizado. Pois, não se pode
aceitar educação de qualquer jeito.
O MEC e o INEP fez um belíssimo estudo ainda em 2002 a respeito do
sistema educacional brasileiro. Para tecer a pesquisa alguns órgãos do MEC como
a Diretoria de Gestão e Planejamento
escolheu cinco municípios brasileiros para a montagem da pesquisa, no Sudeste, São José dos Campos – SP e
Jequitinhonha – MG, no Norte Vilhena
– RO, e, no Nordeste, imaginem quem
foram os escolhidos, Sobral – CE e,... PILÃO ARCADO – BA.
Estarrecedor Senhoras e Senhores é que PILÃO ARCADO não atende de modo
satisfatório a nenhum dos requisitos estudados, com um agravante, estagnado
desde 1996. Sobretudo em relação a distorção e ensino na época certa, baixo
nível de aprovação educacional, baixo número de professores com nível superior
em educação e baixíssimo crescimento em infraestrutura educacional, como
tecnologia, ciências, transporte escolar etc.
Isso se justifica as intragáveis notas de desempenho educacional de
Pilão Arcado nos últimos anos. (VER
PESQUISA), que não chega a três.
Por derradeiro, alguns entendem que o problema da educação é os
programas federais, como a aceleração e o fluxo escolar. Ao contrario, o
desafio é melhorar o quadro educacional sem abrir mão da qualidade de ensino.
Acreditamos que há problemas do ensino e também há problemas em se
manter uma criança anos na mesma serie submetido às mesmas praticas
pedagógicas, fazendo com que as sucessivas derrotas diminuam sua motivação e
autoestima, contribuindo para que abandone o sistema educacional. Esse foi o
propósito do FLUXO ESCOLAR.
Pois bem, a LDB deu autonomia aos municípios para proporem seu sistema
educacional. De maneira que possamos saí daqui com um propósito. Maior empenho
e participação no cotidiano escolar.
Assim, o paciente vai em breve saí da UTI e livrar as nossas crianças do
fracasso e condenação ao desemprego, à criminalidade e levando-os a terem
vontade de viver.