Num rumo certo e muito explorado, a
aranha constrói a sua teia a prova de tudo. A prova de sol, a prova de chuva,
e, se defende do jeito que pode. Sem nenhum curso de engenharia e sem medo de
aventuras, sobem rumo acima tecendo e inaugurando seu complexo residencial com
a mais alta aparência paisagista e sabedoria.
Vista
como animal quase que sem nenhum valor, a aranha fala do alto de seu condomínio
impregnado de beleza e decorações, com alto e bom tom àqueles que se acovardam
da escravidão da vida, dizendo que lutar é uma missão reluzente.
Pena que mesmo se preocupando em dar
seu recado aos outros moradores que a olham, estes, insistem em não colher
nenhum aprendizado da mestre aranha. Achando até que se trata de uma senhora
que só constrói embaraço e nada mais.
Lixo embaixo do tapete é uma velha
prática sabatinada na boca dos vizinhos do condomínio que aglomera vizinhos próximos
à aranha. Pra lá também são varridos não só lixos, são empurrados também fios
de sabedoria e de teias bem repaginadas que poderiam fazer o bem sem olhar a
quem.
Conquanto, são jogadas debaixo do
tapete como forma de emparedarem e impedir que aranhas do bem possam aproveitar
tais linhas e construírem uma teia maior que todos os condomínios juntos.
Equivaleria dizer que, as aranhas em maiores proporções e força, tomariam a
posse de uma cidade inteira.
Na posição dos que entendem que as
aranhas só sabem construir embaraços, fico achando que estes zangões, os
temidos lideres passageiros e vencedores por influencias mínimas que podem ser
lixo, estão desnorteando a sua vida, e serão desabrigados por conta do
descrédito às linhas de raciocínio técnico e de boas práticas que poderiam ter
aprendido com as aranhas reais.
Milagrosamente, os vendedores de
prestígios que guardam o condomínio palaciano se salvam na maioria das vezes.
Em contrapartida, exercem o poder de desqualificar a inteligência das aranhas. Vencem
as miseráveis lutantes e forçam os invejáveis castelos aranhes a se
transformarem em ruínas que só servem para entrarem para os livros de histórias,
meias que sem sentidos fáticos.
Sem nenhuma proteção, nem mesmo um
colete a prova de tudo, vencidos ficam os pequeninos reluzentes, navegando sem
ter onde abarcar. Não abarcam porque muitas das suas canoas se tornaram alvos
dos palacianos e viraram lixos atracados bem abaixo dos tapetes.
Assim, as teias que tentam desafogar
livrando-se dos zangões, não conseguem ancorarem em nenhum betel, onde poderiam
se livrar de ao menos, uma descolorida
força palaciana.
Nessa empreitada, ficam nômades as aranhas,
apenas, fazendo histórias ainda que minúsculas, em função das suas
inteligências adquiridas sem diplomas, porém fritadas no tribunal dos
altíssimos detentores de prestígios.
O custo de tudo isso, é a altivez
hepática, que se sobrepõe a todos que lutam numa difícil tarefa de tecer a
própria vida, e a verem vencida e sem teia própria e capaz da sobrevivência
natural das coias.
Ficam após tudo isso, apenas a sensação
de um dever cumprido em defesa da aplicação de boas práticas. Com isso, resta
apenas uma teia construída, para nada e para ninguém.
Mesmo assim, continuemos tecendo e desenvolvendo
os melhores trabalhos técnicos, no sentido da boa geração e boas práticas
sociais, assim como faz a aranha.
Busquem, não se pode abdicar jamais do
direito à quebra do muro que empareda as coias, defendeis as coias e uma boa
vizinhança, para que aqueles que têm a legitimidade do poder, possam adotar as
melhores políticas para o desenvolvimento sociocoletivo.
E assim sendo, sois aranhas ou não, é
certo que outros tapetes palacianos cairão sobre nós, e como lixos seremos
tratados, porém reciclados e diplomados, prontos, para fazer da fraqueza força
e do isolamento anjos que jamais perderão a batalha.
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