quinta-feira, 17 de julho de 2014

A dureza de se chegar ao mundo.

Redovagno Ribeiro
Julho de 2014

Numa sacada aventureira a humanidade chega ao mais complexo e ousado mundo. A aventura que nunca se vence inicia logo após a formação do feto por completo.

A fase mais tranquila ainda é a aquela vivenciada no ventre da mãe por curtos nove meses, que de tão gostoso que é aquele período, a criança esperneia e se move sem querer deixar a barriga da mãe. Parece que ela entende que logo se encontrará com um gigante invencível e perverso.

A disposição que se tem por toda a vida é imensa e impossível de se calcular. Acreditamos que nem mesmo após a morte ela não se disfarce, pois, é bem verdade que continua a expectativa pela salvação da alma. Isso nos remete a impressão real de que não se deve abandonar a luta nem morto. Parece claro assim, que a vida corre atrás da morte, e a morte atrás da salvação. 
Um ciclo que parece não ter fim. Em contrapartida, tudo resulta numa busca árdua por algo melhor.

Anuncia a Bíblia que mais tarde todos serão chamados para o julgamento final, até aqueles já sepultados. Será naquela assentada como imaginamos perante o Deus todo poderoso que ocorrerá a prestação de contas de tudo aquilo que se fizera durante a vida melancólica que durou enquanto esteve neste mundo de “fogo” e de cristais.

Dureza bem maior será para os condenados, se é que haverá. Os quais segundo alguns estudos serão remetidos ao inferno. Ora, não se coloca em dúvidas a capacidade e poder do Divino Espírito Santo, mas se realmente houver essa tal condenação e essa intragável prisão, daí poderá vir a maior e a mais horrível punição que poderemos ver ou receber.

Subentendo não ser bem assim, a ideia em nada tem haver com o amor e a paixão de Cristo para com seus inseparáveis filhos. Haverá, creio, um julgamento sem o encaminhamento de quem quer que seja ao complexo do diabo. Não dar para crê nisso.  Jamais Deus dará ao seu semelhante à brusca prisão na Casa do Diabo.

Digo isso porque nem mesmo se houvesse tal punição, pra lá não iria os profanos como alguns nos chamam. Razão porque o Deus que creiamos, não faz acordos com o Diabo, sequer condena alguém para a ele ser submetido.

Por relevância que é, voltemos a falar da dura passagem pelo mundo que encaramos. Fazendo com que muitas vezes achamos que a punição que merecemos, conosco ela se manteve tão somente durante a vida que logramos. É possível que esta seja a mais razoável interpretação dentro deste orgulhoso assunto.

Num estilo que nem nós mesmos entendemos, o homem se joga ao mundo torturando a si mesmo. Tempos passam e logo as rugas aparecem e ele continua se achando o melhor e o maior homem entre os outros.

Nasce rico e fica pobre, depois fica rico e pobre novamente. Isso ocorre porque aquilo que se reconhece como bem material, o transforma num indivíduo que voa sem ter onde pousar e pode acabar morrendo sem saber e doendo sem sentir dor.

A miserabilidade está em cada um de nós, isso porque nós mesmos planejamos a nossa derrota que nos causa consequências avassaladoras, e, nos impede de ser capazes de vencer a ignorância, a tortura, a perseguição e a fraqueza que logo culmina na morte prematura.

A pecaminosidade germina a partir da premissa de se achar invencível e superior em tudo. Daí em diante ele se abarca numa vida que mata a si e os outros, navegando num caminho inserto e sem merecer chegada, porém continua sem entender, ou porque não quer, ou porque acredita na sua própria força. Há tá! Esse caminho poderá tá te levando a sua própria morte.A razão de si vir ao mundo é outra camarada. Podemos fazer muito, mas o progresso humano na sua conjuntura é olhar para o horizonte estendendo a vida além dele.

Não há razão para viver atropelando a sua própria sombra, ela tem de ser respeitada assim como se respeita a dos outros. Ela pode ser vista como um sinal de que você não está sozinho aqui, e precisa se organizar para não esbulhar o campo que não é só seu.

O granjeio de objetos, produtos e até de dinheiro adquiridos, não podem se sobrepor a dignidade das pessoas, pois, assim sendo, envereda-se por caminhos sem sabor, e pior ainda, afetando a vida dos seus semelhantes.

Conosco está a luta de viver, e, Ele, o Rei Jesus não te abandona, mas guarde consigo uma verdade, o julgamento virá e pode não ser aquilo que você espera.
Naturalmente tudo é visto como bom, mas as atitudes modéstias é que nos prova que se veio pra lutar e vencer, nunca ser vencido.

Assim, já dizia Sócrates: o que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São essas as virtudes que devem formar o seu caráter.

Sendo assim, não há dureza alguma ter chegado até aqui, o que falta é encarar com gratidão e lealdade a tudo e a todos.


Viva essa arca construída por Deus, mais forte e mais reparativo do que a arca de Noé. Com uma condição. Se contenha. O mundo não é somente seu! Tá lembrado disso?

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