Redovagno Ribeiro
A limpeza que os
brasileiros esperam vão além do jato coerente e certeiro do Juiz Sergio Moro.
O
alvo magistral do brasileiro Sergio Moro na aplicação das Leis que decretam
prisões, conduções coercitivas, delações e apreensões tem demonstrado ao longo da
operação Lava Jato que a cada caso em apuração, não uma só pena, mas se arranca
um avestruz inteiro.
O dilúvio não
anunciado, mas a tona, hoje combatido de Curitiba para o resto do mundo pelas
mãos dos diversos Procuradores da República em busca de ladrões da antiga Terra
de Santa Cruz que virou Brasil dos brasileiros, detidos por um sistema que
depena toda a pátria pode continuar às escondidas, se o Congresso Nacional não elevar
a 180ºc o caso das reformas brasileiras.
Achar que a Batizada
República de Curitiba sozinha vai conseguir baixar as larvas do dilúvio que os
políticos permitiram se formar a partir de reformas miseráveis e sem o mínimo
de concretude possível, é permitir o holocausto prematuro da nação frente ao
mundo moderno que se lapida em terrenos europeus.
O Brasil está
deficiente. Escorregamos no comodismo e no achismo. Esperava-se que a boa
vontade dos brasileiros fosse o marco suficiente para impedir que amputassem as
pernas por onde cresceria o Brasil a partir do século XXI. Foi tudo ao
contrário.
Cada um governou do
seu jeito, sem gestão, sem compromissos coletivos e sem vontade republicana.
Foi então a vez da parentalha e da corrente próxima que fez surgir bordões como
nepotismo, algo estranho só no nome, mas que significa parente nomeado por
parentes no serviço público.
Agora bate na porta
de cada um de nós o desespero. Sem pernas, o Brasil não consegue si aposentar
porque a previdência foi atingida pelas brasas da corrupção banalizada que
alguns acham ter vindo da genética lá de Vera Cruz.
Sem cientistas de
naipe a descobrir a pílula anticorrupção, já seria tempo de se preocupar com
uma grande UTI para o internamento da saúde pública, que pode dar seus últimos
suspiros mesmo se tratando pelo SUS. Não é rima ou coincidência chamar a sigla
SUS assim. Seu Último Suspiro.
Se o desespero e a
angústia se tornam cada vez mais evidente entre os ocupantes dessa pátria, é
cada dia maior o tamanho da cratera que impede sonhos, desastre advindo da ausente
senhora educação.
Meio que tenebroso
falar isso, mas o investimento da Nasa
na exploração de outros planetas, pode não ser em vão. Quem sabe um dia possa ser
obrigado o desembarque em solos marcianos de uma nova geração.
Sendo mal de saúde,
ruim em educação, somos também incapazes de metralhar a corrupção, a doença do
século que muitos a carrega com empolgação, mesmo sabendo que ela mata e aleija de pressa.
Entre tantas cassadas
aos ladrões, coisas banais nos dias de hoje em qualquer telejornal, a única
coisa que se ver são discursos vazios que não passam de pequenas expectativas
de mudanças que tipificam as pouquíssimas reformas introduzidas. Coisas de
formiguinhas preguiçosas. Até janela para troca de partido se criou.
Seria essa a janela
por onde fogem alguns operantes da corrupção? São coisas assim que causam
imperfeições e sonhos Brasil afora. O que poderia ser uma porta a se abrir,
passa-se a pensar numa estratégia, qual seja, arrombar uma janela para fugir.
De onde para onde não se sabe.
Mesmo assim, o jato
da caneta de Moro não tem nos falhado. Tudo bem que para um Brasil continental,
só mesmo “mísseis” de grande alcance para atingir de pressa a ex subterrânea corrupção.
Hoje, a tomar assento nos melhores palácios de governo.
Os preclaros magistrados
brasileiros devem se sentir esmagados por um arcaico pensamento, afirmando que
a política manda em tudo. Bem que poderia ser verdade, se ela não estivesse
preste a se enforcar pelas reformas que não saem. O termo político em si,
perdeu a razão de ser para dar lugar a compra de poder e de cargos, em todas as
esferas administrativas.
Isso é um bombardeio
nos operantes das Leis, que aos poucos quebram essa insaciável cultura,
mandando para a cadeia aqueles que se escoram no cargo político para decapitar
sonhos que a Pátria precisa.
Espera-se que um dia
se dêem conta de que a política seja um bem coletivo, de união e progresso para
os povos. Ou se muda a rota, ou darão de cara por aí com muitos Moros,
Joaquins, De Sanctis, Dellagnol,
entre tantos outros patriotas invejáveis.
Causa arrepios e
calafrios em quem busca as mazelas para desviar verbas públicas, porque sabem
que logo ali, podem colidir com o Jato de Moro. Que se cuidem os fracos que
mergulham nas profundezas da corrupção.
Desmistificar as
razões porque se qualifica em corrupção ao invés da lisura no serviço público,
não é fácil. Alguns acham que a corrupção compensa. Mas como isso seria
possível?
Não tem o menor
cabimento esse esdrúxulo pensamento. Como compensa se ela sai matando,
adoecendo e desequilibrando todos? É possível que do ponto de vista momentâneo
sim, mas numa analise aprofundada, a corrupção jamais foi compensatória.
Quem compensa é a
educação. É o caminho mais conhecido e capaz de lavar a jato as cabeças de quem
imagina que corromper faz bem.
Outros asseguram que
uma compra de votos não passa de um investimento para se chegar ao poder pelas
vias da compra de consciência.
Isso tem contornos condenatórios
tais quais as penas de morte em países mundo afora. Essa afirmativa deixou de
ser algo estranho para emporcalhar as campanhas eleitorais em todo Brasil.
Em Pilão Arcado por
exemplo, um Juiz mandou apreender a partir de denuncias de cidadãos, materiais
de construção como cerâmicas e argamassas, que seriam produtos doados em troca
de votos. A aparição do caso foi ao crivo da imprensa via Blog do Senhor Perez
Mangueira. Não se sabe pelo menos por ora, se o material será libertado ou se
terá que permanecerem presas. Será que vem aí um Júri popular?
São situações
inusitadas que intrigam o Brasil. Essas; sei lá, insignificantes corrupções.
Alias, inusitadas mesmo pelo fato de ser em Pilão, onde uma caixa D’água acabou
por impedir o mais jovem prefeito da nossa história de seguir em seu governo
até o final. Foi muita água bebida sem sêde que fez falta recente entre nós.
Listadas dias e noite
em todos os discursos de quem opera sem anestesia a política, as reformas é que
não saem. A política, a previdenciária, a trabalhista, todas inclusive, são
apenas ideias soltas ao vento.
Ao interver como
acham aqueles que odeiam a Força Tarefa de Moro e seu time perfeito de
apuração, a Lava Jato, vai aos poucos desenferrujando a roda quadrada da república
que mais estraga que constrói.
Pode ser que um dia
de tanto rodar, a roda se arredonde de fato, e possamos engolir redonda a
República dos Sonhos.
Pois então Moro, continue lavando a jato que nem tudo é
em vão. Vamos aguardar as reformas, elas estão na lista de pedidos das 10
medidas do MPF, só falta quem tenha a coragem de preparar a massa que um dia
virará um bolo de doce que todos possam saborear.
Por ora há um bolo ácido de
embrulhar qualquer estômago, como disse o Papa Francisco. Corrupção fede e mata!
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