Redovagno Ribeiro
Todos
os homens têm o prazer por natureza de discutir política, direitos e deveres.
Com foco em estado, todos querem o sucesso do país ou do município, mas vez ou
outra, dar marcha ré ou nos ideais ou na própria vida. Reside no ser humano a
vontade de realizar obras, mas também há a ansiedade de destruir obras ou no
pior dos cenários, impedirem que outros a inaugure e dela se aposse. Encaixam-se
nesse prisma os maus gestores.
Poderíamos
chamar de lei da metade, aprovada pelo tribunal das tendências politiqueiras. Na
intimidade espúria da cultura as evidências se tornam claras como o sol do novo
dia. Funciona assim: a metade é minha ou quase tudo, e a outra metade ou quase
nada para vocês. Os governados passam a ser irrisórios seres humanos, que
servem ao tendencioso político como parede e escora.
Tem
se assim um resultado curioso malvado na cultura política. A troca da gestão
pela compra da população. Entendem que comprar as famílias é bem mais em conta
que construir obras com o dinheiro público. Afinal, gastar dinheiro público
requer prestar contas daquilo que gastou. Enquanto que comprar votos, a
prestação de contas não é tão fácil, mas seus adversários carnais, os ditos
inimigos políticos, não estão a lhe incomodar.
Não
estamos falando de uma coisa qualquer, estamos a falar da perda de sentidos de
gerir a coisa pública pela pessoalidade, que só visa o poder.
Pilão Arcado ainda sofre com a crise
capitalista. Esse capitalismo detém as nossas riquezas em vários campos, de
modo a segregar a sua população, separando-a em pelo menos duas raças. A que
trabalha e se evolui lentamente no mercado, mas vivem isolados das decisões
políticas. São na prática, cidadãos que fazem a função de verdadeiras máquinas
de sustentação da classe rica.
Essa população tem boas tendências
evolutivas, mas vive um processo de destruição ocultamente. Isso operado por
uma cultura política que impera somente o eu. Essas tendências não suprem as
necessidades coletivas da população, isso por que as oportunidades de estado
estão diretamente a disposição dos que bajulam e fazem o governo. Governos que
chamaríamos de sem faro administrativo. Sem visão futurista.
Fonte: Internet
A outra parte vive um processo de
evolução capitalista capitaneado pelo partido ou grupo do qual suga e faz parte
por toda uma vida grupal e partidária. A supremacia da economia pilãoarcadense
vive às vezes nas chácaras e atrás dos portões de casas de marajás que há anos modelam o
caminho de seus governados. Isso é a concentração de renda e poder em poucas mãos
que deixam inclusive de investir.
É praxe encurralar o trabalhador em
Pilão Arcado, e isso tem contornos de perseguição política tangida por uma
tática governos que acreditam que a curto prazo os encurralados abandonem o
oposto político do qual fazem parte para se juntar aos mandatários por eles
mesmos odiados, mas, o tempo e o cansaço os vencem. Esses vencidos se tornam desabrigados pelo
tornado da má gestão.
Consegue se avistar uma nova cultura
que rompe a longo prazo o que chamamos de cala boca que quem manda é o povo.
Essa tendência anda lentamente, mas sobrevive graças ao avanço do ensino
superior. Ela iniciou ainda em 1995 quando deu início ao processo de
destituição dos professores leigos. Profissionais que ensinavam à época a
cartilha do b a, bá em substituição ao antigo MOBRAL.
O Movimento
Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL foi um órgão do governo brasileiro,
instituído pelo decreto nº 62.455, de 22 de Março de 1968, conforme autorizado
pela Lei n° 5.379, de 15 de dezembro de 1967.
Saía de sena esse
método de ensino e mais tarde a partir de 1998 nascia o fluxo escolar que
facilitava a chegada do aluno mais cedo ao ensino médio, cursando até duas
séries num mesmo ano. A meta era zerar o analfabetismo até o ano de 2022. Todos
esses métodos de ensino favoreceu o Brasil, mesmo sofrendo críticas de
especialistas.
Mas vamos ao foco
principal e as nossas tendências em curso. Ralas ainda, mas vivas e emergentes.
É vexaminoso saber
que um sistema emplacado no Brasil ainda na ditadura prevaleça em erupção em
Pilão Arcado, que são os desafios dos nossos barranqueiros suprimidos pela
febrenta forma separatista de governar.
A
maioria dos movimentos sociais e intelectuais são prensados por pensamentos
retóricos e incoerentes, mas essa linhagem de pensadores surgem com força em
Pilão Arcado. A ONG Sertão Vivo que fez o Laranja do Sertão, pensadores, professores e escritores
acham a cada dia mais um aliado disposto a romper as tendências coronelistas de
governar em Pilão Arcado. Estamos, portanto aos poucos saindo da miserabilidade
política.
Desse
modo é preciso que tenhamos em mente que todo processo evolutivo é feroz, e
requer tempo e paciência. Esse tempo é cada dia mais curto em Pilão Arcado, por
que a semente da democracia do falar e ouvir foram plantadas e deve florar já
no início da próxima década. Essa semente se multiplicou com a chegada do
ensino superior em Pilão Arcado na gestão de 1995, comandada pelo então
Prefeito Wagner Santana.
O
Brasil se atrofiou a partir da inexistência de estruturas básicas que juntas
formam a capacidade do livre pensamento como uma educação de alto nível e um
investimento pesado em cursos de preparação da sua comunidade nacional. Os
gestores em cidades como Pilão Arcado, ainda não acordaram para a renovação da
política e da busca por uma gestão de qualidade e de direitos igualitários.
Pilão
Arcado vive essa deficiência atrófica dezenas de vezes. Seja pela separação de
sangues, seja pela predominância do medo da subida do baixo clero político ao
poder. Por ser uma cidade do interior, é tida como esconderijo dos temas
perversos que assolam as pessoas, como a corrupção, e um freio secular nos
investimentos em educação. Essa forma fabricada nos pilares da política antiga,
constrói embaraços que suicidam a implementação do processo de livre expressão,
o que se torna cada vez mais distante a nossa avaliação positiva frente aos
grandes centros.
Fonte: Internet
Essa
tendência de discórdia da classe política com a governança, que depreende-se,
ser uma forma aberta e técnica de gestão é um mal graúdo da classe
político-partidária, que se utiliza
partidarizando as ações de governo, e empurra a gestão coletiva para longe da
classe trabalhadora.
Esse
desatento modelo partidarista de gestão, ainda possui alento para seguir por
décadas adiante, principalmente nas pequenas cidades onde a tendência ainda é
predominante. Antecipar a quebra desse modelo só seria possível com a
instituição de um legislativo forte e desprendido das subserviências.
Outra forma
em curso é a operação Lava Jato. Esse furacão judiciário causou uma explosão de
ações judiciais por toda parte do Brasil e vai deixar acessas as chances de
mudarmos a república e o formato de governo. O Congresso Brasileiro tem a
oportunidade de impor diretrizes que renove as esperanças do povo e filtre o
mau gestor desse modelo deficiente em curso, para se criar novos paradigmas que
represente a governança como se espera. Em campo paralelo a Lava Jato é o
início da salvação do nosso querido Brasil.
Nas
pequenas cidades o aleijo do sistema de governo é ainda mais profundo e a sua
cultura é ainda mais forte no quesito apenas os meus e os outros que se
explodam. Isso se dar em função da cultura política que funciona como crença
religiosa que tem o político como santo de altar e o prefeito como chefe de
cozinha, aquele que tem que dar a mesada todo mês.
Sucumbir
esse formato de gestão individualista só com altíssimos investimentos que
busquem um grau elevadíssimo de intelectualidade dos pilãoarcadenses, situação
que não se avista nem de perto por hora.
No
entanto, a movimentação da Operação Lava Jato deve abrir um novo olhar
administrativo, pelo menos essa é a tendência que se vislumbra a partir da
interpretação de novas propostas de governo que temem que o Judiciário passe a
legislar no seu lugar. Pilão Arcado não
deve ficar de fora desse processo evolutivo. É possível crer nisso pelo
surgimento de órgãos que se envolvem no setor público, por conta do avanço das
redes sociais e principalmente pelo crescimento do número de pessoas com
graduação nas mais diversas áreas de formação.
Com
essas ferramentas, aos poucos se quebra a cultura do deixa para lá, algo que
conserva o erro por receio de agir e ainda por omissão. Nessas circunstâncias
teremos o amadurecimento do debate, e por consequência se constrói uma
tendência viva e expressiva do ponto de vista democrático progressista.
A
politização em Pilão Arcado ainda é bem criança, o verde desse processo tem permitido a sobrevivência da política suja, como a herança
de mandato e de votos, tanto em grupos modelados por partidos, como ligados às
famílias tradicionais que vivem a política há anos. Esse modelo de recordações
monárquicas é amargo, ainda nos remete o medo de os políticos de bom caráter e
aqueles que querem enveredadar na política, acabem desistindo dela.
Obvio
que o debate político tem melhorado em nosso meio. Às vezes agressivo, mas se
espera uma mudança que transcenda a nossa vida política e se encampe um novo
horizonte.
Albert
Einstein dizia que tolice é continuar fazendo sempre
a mesma coisa e esperar resultados diferentes. Sendo assim, temos procurado
mudar a maneira baixa de pensar. Precisamos ter paciência, não aquela de João
Ubiratan, mas de visão de futuro.
Tomarei
como ponto de partida a primeira ação governista que levantar a importância da
livre liberdade do pensamento. Há vários focos positivos nesse sentido, falta o
incentivo. Chega a se afirmar que a Gestão de Roberto Martins serviu para abrir
os olhos, pois então, foi de bom agrado.
Somos
contra o impulso e a aceleração do pensamento, mas devemos apreciar a força das
ruas e as suas vozes. Chegamos assim a essa noção de ideias que devem colaborar
com a nossa estrada do futuro. Continuemos a luta e a vitória é certa.
O que
se pretende não é a queda do poder de gestão, mas a erguida da liberdade de
expressão para o povo crescer. Depois disso, o povo intervém com mais força e
reescrevem a sua própria história.
Ronne para prefeito já
ResponderExcluir