quinta-feira, 16 de março de 2017

Pilão Arcado e suas tendências políticas e culturais que transcendem a gestão pública.

Redovagno Ribeiro



Todos os homens têm o prazer por natureza de discutir política, direitos e deveres. Com foco em estado, todos querem o sucesso do país ou do município, mas vez ou outra, dar marcha ré ou nos ideais ou na própria vida. Reside no ser humano a vontade de realizar obras, mas também há a ansiedade de destruir obras ou no pior dos cenários, impedirem que outros a inaugure e dela se aposse. Encaixam-se nesse prisma os maus gestores.

Poderíamos chamar de lei da metade, aprovada pelo tribunal das tendências politiqueiras. Na intimidade espúria da cultura as evidências se tornam claras como o sol do novo dia. Funciona assim: a metade é minha ou quase tudo, e a outra metade ou quase nada para vocês. Os governados passam a ser irrisórios seres humanos, que servem ao tendencioso político como parede e escora.

Tem se assim um resultado curioso malvado na cultura política. A troca da gestão pela compra da população. Entendem que comprar as famílias é bem mais em conta que construir obras com o dinheiro público. Afinal, gastar dinheiro público requer prestar contas daquilo que gastou. Enquanto que comprar votos, a prestação de contas não é tão fácil, mas seus adversários carnais, os ditos inimigos políticos, não estão a lhe incomodar.

Não estamos falando de uma coisa qualquer, estamos a falar da perda de sentidos de gerir a coisa pública pela pessoalidade, que só visa o poder.

Pilão Arcado ainda sofre com a crise capitalista. Esse capitalismo detém as nossas riquezas em vários campos, de modo a segregar a sua população, separando-a em pelo menos duas raças. A que trabalha e se evolui lentamente no mercado, mas vivem isolados das decisões políticas. São na prática, cidadãos que fazem a função de verdadeiras máquinas de sustentação da classe rica.

Essa população tem boas tendências evolutivas, mas vive um processo de destruição ocultamente. Isso operado por uma cultura política que impera somente o eu. Essas tendências não suprem as necessidades coletivas da população, isso por que as oportunidades de estado estão diretamente a disposição dos que bajulam e fazem o governo. Governos que chamaríamos de sem faro administrativo. Sem visão futurista.
                                                                                            Fonte: Internet
A outra parte vive um processo de evolução capitalista capitaneado pelo partido ou grupo do qual suga e faz parte por toda uma vida grupal e partidária. A supremacia da economia pilãoarcadense vive às vezes nas chácaras e atrás dos portões de casas de marajás que há anos modelam o caminho de seus governados. Isso é a concentração de renda e poder em poucas mãos que deixam inclusive de investir.

É praxe encurralar o trabalhador em Pilão Arcado, e isso tem contornos de perseguição política tangida por uma tática governos que acreditam que a curto prazo os encurralados abandonem o oposto político do qual fazem parte para se juntar aos mandatários por eles mesmos odiados, mas, o tempo e o cansaço os vencem. Esses vencidos se tornam desabrigados pelo tornado da má gestão.

Consegue se avistar uma nova cultura que rompe a longo prazo o que chamamos de cala boca que quem manda é o povo. Essa tendência anda lentamente, mas sobrevive graças ao avanço do ensino superior. Ela iniciou ainda em 1995 quando deu início ao processo de destituição dos professores leigos. Profissionais que ensinavam à época a cartilha do b a, bá em substituição ao antigo MOBRAL.

O Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL foi um órgão do governo brasileiro, instituído pelo decreto nº 62.455, de 22 de Março de 1968, conforme autorizado pela Lei n° 5.379, de 15 de dezembro de 1967.

Saía de sena esse método de ensino e mais tarde a partir de 1998 nascia o fluxo escolar que facilitava a chegada do aluno mais cedo ao ensino médio, cursando até duas séries num mesmo ano. A meta era zerar o analfabetismo até o ano de 2022. Todos esses métodos de ensino favoreceu o Brasil, mesmo sofrendo críticas de especialistas. 

Mas vamos ao foco principal e as nossas tendências em curso. Ralas ainda, mas vivas e emergentes.

É vexaminoso saber que um sistema emplacado no Brasil ainda na ditadura prevaleça em erupção em Pilão Arcado, que são os desafios dos nossos barranqueiros suprimidos pela febrenta forma separatista de governar.

A maioria dos movimentos sociais e intelectuais são prensados por pensamentos retóricos e incoerentes, mas essa linhagem de pensadores surgem com força em Pilão Arcado. A ONG  Sertão Vivo que fez o Laranja do Sertão, pensadores, professores e escritores acham a cada dia mais um aliado disposto a romper as tendências coronelistas de governar em Pilão Arcado. Estamos, portanto aos poucos saindo da miserabilidade política.

Desse modo é preciso que tenhamos em mente que todo processo evolutivo é feroz, e requer tempo e paciência. Esse tempo é cada dia mais curto em Pilão Arcado, por que a semente da democracia do falar e ouvir foram plantadas e deve florar já no início da próxima década. Essa semente se multiplicou com a chegada do ensino superior em Pilão Arcado na gestão de 1995, comandada pelo então Prefeito Wagner Santana.

O Brasil se atrofiou a partir da inexistência de estruturas básicas que juntas formam a capacidade do livre pensamento como uma educação de alto nível e um investimento pesado em cursos de preparação da sua comunidade nacional. Os gestores em cidades como Pilão Arcado, ainda não acordaram para a renovação da política e da busca por uma gestão de qualidade e de direitos igualitários.

Pilão Arcado vive essa deficiência atrófica dezenas de vezes. Seja pela separação de sangues, seja pela predominância do medo da subida do baixo clero político ao poder. Por ser uma cidade do interior, é tida como esconderijo dos temas perversos que assolam as pessoas, como a corrupção, e um freio secular nos investimentos em educação. Essa forma fabricada nos pilares da política antiga, constrói embaraços que suicidam a implementação do processo de livre expressão, o que se torna cada vez mais distante a nossa avaliação positiva frente aos grandes centros.
                                                                                          Fonte: Internet
Essa tendência de discórdia da classe política com a governança, que depreende-se, ser uma forma aberta e técnica de gestão é um mal graúdo da classe político-partidária, que se  utiliza partidarizando as ações de governo, e empurra a gestão coletiva para longe da classe trabalhadora.

Esse desatento modelo partidarista de gestão, ainda possui alento para seguir por décadas adiante, principalmente nas pequenas cidades onde a tendência ainda é predominante. Antecipar a quebra desse modelo só seria possível com a instituição de um legislativo forte e desprendido das subserviências.

Outra forma em curso é a operação Lava Jato. Esse furacão judiciário causou uma explosão de ações judiciais por toda parte do Brasil e vai deixar acessas as chances de mudarmos a república e o formato de governo. O Congresso Brasileiro tem a oportunidade de impor diretrizes que renove as esperanças do povo e filtre o mau gestor desse modelo deficiente em curso, para se criar novos paradigmas que represente a governança como se espera. Em campo paralelo a Lava Jato é o início da salvação do nosso querido Brasil.

Nas pequenas cidades o aleijo do sistema de governo é ainda mais profundo e a sua cultura é ainda mais forte no quesito apenas os meus e os outros que se explodam. Isso se dar em função da cultura política que funciona como crença religiosa que tem o político como santo de altar e o prefeito como chefe de cozinha, aquele que tem que dar a mesada todo mês.

Sucumbir esse formato de gestão individualista só com altíssimos investimentos que busquem um grau elevadíssimo de intelectualidade dos pilãoarcadenses, situação que não se avista nem de perto por hora.

No entanto, a movimentação da Operação Lava Jato deve abrir um novo olhar administrativo, pelo menos essa é a tendência que se vislumbra a partir da interpretação de novas propostas de governo que temem que o Judiciário passe a legislar no seu lugar.  Pilão Arcado não deve ficar de fora desse processo evolutivo. É possível crer nisso pelo surgimento de órgãos que se envolvem no setor público, por conta do avanço das redes sociais e principalmente pelo crescimento do número de pessoas com graduação nas mais diversas áreas de formação.

Com essas ferramentas, aos poucos se quebra a cultura do deixa para lá, algo que conserva o erro por receio de agir e ainda por omissão. Nessas circunstâncias teremos o amadurecimento do debate, e por consequência se constrói uma tendência viva e expressiva do ponto de vista democrático progressista.

A politização em Pilão Arcado ainda é bem criança, o verde desse processo tem permitido a sobrevivência da política suja, como a herança de mandato e de votos, tanto em grupos modelados por partidos, como ligados às famílias tradicionais que vivem a política há anos. Esse modelo de recordações monárquicas é amargo, ainda nos remete o medo de os políticos de bom caráter e aqueles que querem enveredadar na política, acabem desistindo dela.

Obvio que o debate político tem melhorado em nosso meio. Às vezes agressivo, mas se espera uma mudança que transcenda a nossa vida política e se encampe um novo horizonte.
Albert Einstein dizia que tolice é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. Sendo assim, temos procurado mudar a maneira baixa de pensar. Precisamos ter paciência, não aquela de João Ubiratan, mas de visão de futuro.

Tomarei como ponto de partida a primeira ação governista que levantar a importância da livre liberdade do pensamento. Há vários focos positivos nesse sentido, falta o incentivo. Chega a se afirmar que a Gestão de Roberto Martins serviu para abrir os olhos, pois então, foi de bom agrado.

Somos contra o impulso e a aceleração do pensamento, mas devemos apreciar a força das ruas e as suas vozes. Chegamos assim a essa noção de ideias que devem colaborar com a nossa estrada do futuro. Continuemos a luta e a vitória é certa.

O que se pretende não é a queda do poder de gestão, mas a erguida da liberdade de expressão para o povo crescer. Depois disso, o povo intervém com mais força e reescrevem a sua própria história.

Um comentário:

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