terça-feira, 23 de maio de 2023

UM OLHAR PRÁTICO PENSADO NA QUALIDADE DO ENSINO E SEUS FUNDAMENTOS

Redovagno Ribeiro
 RESUMO

O presente texto aponta para um panorama focado na qualidade do ensino como premissa focal e libertadora, com um olhar plural ancorado em pessoas, sucesso e equilíbrio. Para isso seria preciso proteger a escola, investir em tecnologia do ensino sem perder de vista as culturas, mas desespetaculzarizar o discurso ainda presente por forças de ideológicas sociais e políticas, e garantir apego e frequência escolar.

ABSTRACT

This text points to a panorama focused on the quality of teaching as a focal and liberating premise, with a plural look, anchored in people, success and balance. For that, it would be necessary to protect the school, invest in teaching technology without losing sight of cultures, but to desespectacularize the discourse still present by virtue of social and political ideologies, and guarantee attachment and school attendance

Keywords: teaching quality, school protection, frequency, technological scenarios


1 INTRODUÇÃO 

Não é pequeno o grau de discussões da problemática envolvendo a escola pública no Brasil. Seja com foco na grade de ensino, seja em relação ao modelo de aplicação de métodos científicos e/ou pedagógicos. Esses dados têm ocupado os principais setores que pautam a educação no Brasil, a ponto de se imaginar que a educação e seu alicerce diretivo legal, caminham para um emaranhado de discussões que não contemplam a qualidade de ensino.

As nações desenvolvidas e com maiores investimentos em educação são: 1° Luxemburgo; 2° Áustria; 3° Bélgica; 4° Noruega; 5° Estados Unidos; 6° Coreia do Sul; 7° Suécia; 8° Canadá; 9° França; 10° Holanda. Mesmo não investindo pouco, o Brasil não entra nessa lista.

Avaliando esses cenários, é possível compreender que os retrocessos que obstruem a qualidade do ensino brasileiro não estão ancorados nas cifras de investimentos. Poderíamos até apontarmos a distribuição desses valores como causa mãe dos irrelevantes dados educativos, más não é.

É bem mais prudente afirmar que as causas que embaralham a educação a ponto de desconstruir o caminho para onde vamos, está ligado a políticas ultrapassadas.  Com efeito; as morais, as éticas e as republicanas. 

Daí, quando as normatizações legais são empurradas para as gavetas, o futuro que queremos para as escolas púbicas ficam sendo adiado constantemente. Por este viés, é evidente que estamos a quem da civilidade intelectual. Estamos colhendo maduro em um jardim que o amadurecer está bem distante. Eu diria que o hoje em sede educacional, é um terreno fértil para um plano infrutífero que por mais que se tenha investimentos, as causas esperadas não se aproximarão desse modelo. 

Os tempos mudaram, o mundo mudou e na retaguarda, as pessoas acabam concluindo que a educação de base virou um faz de conta. Mais agravante ainda é que, no mesmo roteiro inverso, esse desalento que incendiavam outrora a juventude estudantil a gostar da escola chega aos governos que optam para encarar o ensino brasileiro como pauta banal. 

A propósito, o conceito da educação no Brasil ainda é um dado a ser reavaliado, desvendado e reeducado com uma busca incessante liberal e libertadora. Grosseiramente falando, nosso sistema se veste de uma plumagem assemelhada a um ser desconhecido, geminável, renovável, mas que não se concretiza. Isso por conta de fatores que impedem nossos avanços. É o caso de mudanças repentinas sem investigar o lado positivo que em algum momento tenhamos conquistado, o castigo disso, vezes e outra é sermos tragados em algum momento pela desinteligência educativa escolar. 

O atual momento da educação brasileira depende de muita reflexão. É preciso elencar fatores diversos, psicológicos, políticos, sociais e mais especificamente estudar o dia-a-dia da escola entre quatro paredes. Entender esse momento ainda é um dos maiores desafios, isso porque a pauta diária ainda não se dobrou para compreender que o corpo docente e discente passa por problemas distintos que vai da formação de grade curricular aos métodos e técnicas aplicadas.

De modo que, sonhar com um futuro arrojado e com jovens entrando na faculdade sabendo bem o que quer ser, depende de uma partida mais segura e observando fatores liberais e construtivos sem perder de vista que nosso hoje ainda está por ser reconstruído. Pensando nessa reconstrução, colocamos alguns subtópicos que podem ajudar   a auxiliar na saída desse atoleiro de ideias e fatores que estão corroendo a nossa largada.

Quando falamos da importância da educação e suas ramificações, obviamente que logo vem na cabeça, melhores salários, estrutura física, transporte escolar, tecnologia, planos de carreira e melhores condições de trabalho. Nem sempre isso serve como objetivo geral.

Mas, essa importância não pode se sobrepor a um setor pedagógico preparado, gestores comprometidos com a causa, alinhamentos diários com a família e um conceito definido de como vamos está perante a sociedade depois de tudo pronto. 

Passada essa colocação é hora de dá a largada. O ponto de partida é inicialmente ter uma equipe pedagógica que compreenda as necessidades graduais, entendam as pessoas do ponto de vista regional e cultural, e daí se pensar em mais recursos financeiros e tecnológicos e formação de eventos e normas de sustentação. Sempre com apego a um futuro definido e olhares futuristas.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A parte crucial do programa educativo está na importância da escola. Essa importância só será sólida se na teoria as forças se juntarem com um propósito de sucesso no início de tudo.

Para melhor compreender esse viés teórico eis o que registra especialistas: Farinha (1990) defende que a educação, como fenômeno intrinsecamente humano, não pode ser concebida de forma isolada, pois é influenciada pelo desenvolvimento de outras ciências. Ao defender a presença da abordagem sistêmica na educação, o autor acrescenta que o fenômeno educativo acontece no contexto de sistemas. Para ratificar essa idéia, destaca algumas características do processo educativo que o tornam um processo sistêmico, dentre elas: a) o processo educativo é um conjunto de elementos em interação; b) a interação entre os elementos de um processo educativo é constituída por trocas de informação; c) o processo educativo funciona através de um determinismo circular e bastante complexo

É possível entender que escola e comunidade são indivisível

2.1 Proteção da escola! Um ponto de partida a ser perseguido pela comunidade educativa e seus atores.

Tida como pauta de todos e colocada em marcha lenta por vários governos, o sistema educacional ainda está longe de ocupar seu lugar de destaque. A pauta educativa brasileira é movediça, vezes tragada por uma tempestade política que em tese deve debater, más não se colocar como pai dessa pauta. A educação, em que pese parecer para alguns retardatários, ela não está dentro de quatro paredes, mas a sua discussão ao invés de apartidária, passa a ter contornos políticos 

Apontar diretrizes sem solução não é proteção da escola nem de seus componentes, e, quando não se protege esse que seria o templo sagrado do aluno, fatores externos poluem esse sucesso e impede que chegaremos onde queremos.

A escola é o laboratório humano onde se busca essa proteção glorificando a pessoa e suas competências socioemocionais, políticas e empreendedoras. É a casa onde se canoniza um indivíduo para torna-lo imune aos agressivos fatores das ruas, tornando-o apto ao processo evolutivo que precisará para salvar vidas e trazer sucesso. Incluindo-se aí o dele próprio. 

A vida de todos os brasileiros em termos educativos é uma jornada pedagógica. É um projeto pedagógico real na prática sendo feito e refeito dia-a-dia. Se a proteção da escola que eu chamo de templo sagrado da evolução não for parte da grade pedagógica, ela se julga condenada ao insucesso pelos seus próprios componentes. Feito isso, ali se torna um lugar sem prestígio. É preciso que façamos escolhas concretas de vida, uma delas, está no processo de proteção escolar. 

Veja! Ninguém vai ao médico espancar ele ou destruir seu consultórios, ambulatórios e aparelhos hospitalares, mas, para ser criteriosamente examinado. No campo da escolarização devemos ter esse mesmo sentimento, gostar e defender a escola, seus princípios, seu projeto educativo e suas normatizações. Ali é uma árvore onde os frutos são seus componentes, se não rega, essa árvore produzirá frutos ruins. 

Sem esse apego à escola, o futuro desses indivíduos se deteriora e pode virar ruinas ou incremento antissocial e infrator. O resultado disso, é transformar a escola em um labirinto de escuridão, do aluno e da família, com irradiação aos docentes e sociedade. Por esse caminho, se constrói restrições e acaba se fabricando pessoas sem perspectivas de vida. 

A proteção do aluno e da escola é um desafio secular e vem sendo leiloados de forma despercebida, desde os Jesuitas. As razões para isso ainda são incertas, mas é possível cravar que diante de uma sociedade cada vez mais voltada para o consumo, a proteção do ambiente escolar vem perdendo força. Isso é um efeito neblinoso causado por altos investimentos que nem sempre traz efeitos positivos. 

Em alguns casos, investimentos em massa acaba que afetando a qualidade da gestão escolar. Aquela velha frase: De onde tira e não se repõe, uma hora vai faltar em algum lugar. Isso acaba afetando a vida e as atividades escolares. Imagine uma rede elétrica de má qualidade, queima lâmpadas, altera o consumo de energia e num campo ainda mais danoso, causa incêndios. Os investimentos a tudo isso com frequência é prejuízo para todos nós. 

A população brasileira vive um dilema no tocante aos dois extremos: formar cidadãos conscientes, e cidadãos progressistas. É hora de implementar os valores empreendedores conscientes e enfrentar passo a passo. Pela ordem, educação na prática e em seguida diretrizes de negócios. A final, não existe empreendimento sem pessoas e nem escola sem alunos. É um ponto que deve ser homogêneo e indivisível.

O próprio alunado passou a entender que é normal e não faltam recursos financeiros para reformas das unidades, isso inclui-se um pacotão. Troca de quadros, carteiras, iluminação, limpeza e climatização e ainda cabe reajustes. Na visão mais apressada, isso é normal e cabe a qualquer momento e toda hora. Mas não! A escola que passa por essas correções com muita frequência aparenta um lugar sem proteção. E claro, isso é matéria de grade escolar e não pode ser visto com normalidade. 

Na dispensa da casa de família tem um planejamento. Começa pelo abastecimento da geladeira e vai até a mesa de jantar e vestuários. Seus chefes são seus pais, aquele ambiente não destrói nada, ao contrário; poupa. Parece-me inusitada a discussão, mas é uma visão de mão única, vez que, a educação e todas as suas ramificações começam em casa pela família. Porém, não chega lá na escola como deveria. 

Pois bem, o avanço das atividades educativas no Brasil, passa por problemas, entendemos que a proteção da escola está em stand-by. É preciso preparar essa discussão e valorizar mais o ambiente escolar com foco a fazer o estudante entender isso como pauta ética educativa.

2.2 Um olhar prático para a infrequência escolar!

Poxa vida! Estamos diante de um dado que faz parte dos grandes debates e preocupação da comunidade nacional. Evidentemente que esse tema está tão presente em nossas vidas quanto a quantidade que nossos olhos piscam. A infrequência escolar está presente nos debates das políticas públicas e em particular no setor da educação. Bom, mas e a incômoda pergunta que você já deve está se fazendo? Como acabar com a infrequência escolar? 

O desinteresse pela sala de aula é um dos problemas mais presentes no dia-a-dia da comunidade escolar e estudantil. investigando esse dado, é possível afirmar que nos dizeres de Veiga (2011, p.4) que:

“Garantir o direito da criança na escola é dever da família da sociedade e do Poder Público”, pois, “Para muitas crianças e adolescentes, a permanência na escola é tarefa difícil, que se faz acompanhar de muitos desafios que fogem do seu controle e de sua capacidade de resolução. O afastamento da criança da escola costuma ser um alerta e um sinalizador de algo mais grave que pode ser traduzido como violação de direitos fundamentais como direito ao respeito, à saúde e à proteção contra a exploração no trabalho infantil.”

Parei alguns momentos para entender a comunidade escolar, desse estudo obtive um pacote de experiências e dados que desagua na vastidão da evasão escolar e no desafio de resgatar a empolgação dos alunos e família a grudarem na sala de aula. 

Nós somos o resultado de eventos não necessariamente sucessivos, mas sentidos diariamente. Alguns tornam a nossa vida sábia, outros nem tanto. Poderíamos colocar o preconceito, condições de vida, relacionamentos, família e trabalho, e até psicológicos. Esses ventos contribuem para o desapego à sala de aula, mas não são definitivos para justificar o abandono. Há quem diga ainda que, falta interesse, falta estruturas, entre outros, mas não! Nenhum desses dados são definitivos para justificar o abandono escolar.

Bom, imagine que somos seres que ainda não compreendemos o termo vida inteligente, anote que, estamos falando de seres humanos que por ser racionais teriam a obrigação de entender bem o termo vida inteligente, mas não! Há dificuldades!  E a vida inteligente se compreende escolher o que é certo. Contudo sabendo que é da escola que se trás a inteligência profissional, passamos e entender que ela está em segundo plano. 

Um grave problema da educação e seus atores é achar que tudo aquilo é banal. O tanto faz! Fomos surpreendidos com achar normal ir ou deixar de ir à escola. É nesse momento que a luz vermelha se ascende. A escola deve ser na programação da vida uma busca incessante, uma devoção a olhar dia-a-dia, minuto a minuto, e, focar nisso como algo da alma, do corpo e da mente. Assim como a vida, a saúde, estudar é talvez o maior bem. Mas e como entender assim? É o que passamos a ensinar.

Diversos motivos que podem levar a criança ou o adolescente a abandonarem os estudos. Alguns são a necessidade do trabalho para ajudar na renda familiar, desmotivação dos professores. Professores despreparados para enfrentar os novos desafios que os alunos apresentam no dia-a-dia de trabalho, a baixa qualidade do ensino incluindo, os problemas sociais que assolam o nosso país, a falta de comprometimento dos pais, desestruturação familiar, problemas cognitivos dos alunos, o próprio currículo escolar, a desmotivação por parte de alunos e professores e muitos outros fatores que podem influenciar a alta taxa de infrequência.

Fazer o aluno a permanecer na escola é uma luta diária: fazer uma triagem de comportamentos, identificar quais e quantos estão em defasagem de ensino, identificar quais e quantos avançaram mais na aprendizagem, identificar o gosto por determinado assunto ou atividades, identificar as tendências dos grupos, nominar salas ou corredores que agradem grupos e tenha ligação com o aluno, fidelizar a proposta pedagógica e fazer dela a bíblia das famílias, adotar troca de experiências acadêmicas como pauta diária, dividir por eixos a aplicação de normas de ensino, incentivar a entrada em cinemas e teatro em sala de aula, incentivar a participação de turmas em fóruns e debates, criação do conselho inteligente, envolver autoridades de sucesso na sala de aula e nas famílias, propor iniciativas agregadoras

Poderíamos nominar mais diretrizes e tópicos como esses, mas impossível é, somente nesse artigo. Até porque, as definições e aplicação desses, não serão aqui colocadas, porém, combater a infrequência escolar será possível ao interligar essas disciplinas uma a uma, de modo que, ao final elas se interdisciplinam e abre caminho para um novo espaço escolar focado na vida inteligente.   

Entender os motivos e propor soluções para o problema da infrequência, é de fundamental importância para acabar com as circunstâncias que levam um aluno a deixar tão importante lugar de produção e colocação de vida progressista, onde, a partir de dados formulados aqui, creio que, como pesquisador do tema, a peça publicada há de ser observada como uma janela que se abre. 

Assim, entendemos que a escola e seus atores, como disse, não está entre quatro paredes como tentam fazer crer algumas as pessoas. As salas são templos de discussões e orações educativas, mas não convém entender que ali é a escola. Não, não pode ser! A escola onde registra-se inclusive a infrequência escolar, deve ser levada para as ruas, para o esporte, para o debate político, para as ações sociais e envolvê-la de forma cotidiana nas atividades de uma comunidade. 

Há de se entender que, o discurso educacional assim como uma bola de vôlei em movimento, deve correr para ambos os times e ser aplaudida pela plateia que ali se incluem. No campo da escola, esses torcedores são, família, alunos, pais, professores, poder público conforme o caso e a comunidade. 

2.3 O caso da tecnologia e a turbulência causada a alunos e professores! Durante, antes de depois da pandemia

O período da pandemia foi um teste brutal para aqueles que ainda vivem distantes das teclas e das plataformas tecnológicas.  Foi em sala de aula onde as habilidades tecnológicas fizeram mais falta.

Freire afirmava que não deveríamos tentar dominar as tecnologias, mas compreendê-las em sua totalidade, para projetar a construção do pensar e agir coletivo, contribuindo para os sentidos da existência e da produção das relações humanas

A educação não se reduz à técnica, mas não se faz educação sem ela. Utilizar computadores na educação, em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade crítica e criativa de nossos meninos e meninas. Dependendo de quem o usa, a favor de que e de quem e para quê. O homem concreto deve se instrumentar com o recurso da ciência e da tecnologia para melhor lutar pela causa de sua humanização e de sua libertação. (FREIRE, 2001, p. 98).

E mais, veja o que diz Grace Hopper

"Um ser humano deve transformar informação em inteligência ou conhecimento. Tendemos a esquecer que nenhum computador jamais fará uma nova pergunta." (Grace Hopper, cientista da computação pioneira em programação)

Duas frentes hão de serem pensadas como basilares para suprir esse dado. A grande maioria das pessoas no Brasil e mais adequadamente em minha cidade natal, porquanto cito em função das analogias dadas, quase todos ou boa parte das pessoas possuem em casa algum aparelho tecnológico. Seja um computador, um celular ou algum outros mais avançado. No entanto, o baixo conhecimento das pessoas para operacionalizar esses equipamentos no modo serviço é assustador. Isso já seria o bastante para apontar onde estamos.

Segundo o censo 2010 tínhamos à época uma população acima de 20 anos alfabetizadas. O número representava um total de 18.756 pessoas. Já os de 15 a 19 anos eram 3.623 pessoas. Faixas onde mais se ver nas ruas e nas praças utilizando um aparelho de celular. Essa realidade não é exclusividade de Pilão Arcado, município baiano. 

O censo registra que em 2014 havia implementação de computadores na rede pública de ensino para acesso a alunos e professores, mas as conexões Wi-Fi na rede municipal em 2014 era precária segundo o IBGE. A implementação de tele centros era zero em 2014, segundo dados do IBGE. A tecnologia é um dos maiores gargalos nos grandes centros e no setor privada, mas, nas cidades do interior nem sempre.

Pelos dados, é possível verificar que a inclusão digital ainda é lenta na região. Na outra frente, é possível dizer que há um desprezo de jovens e adultos em utilizar a tecnologia para estudos e pesquisas. Isso justifica a medo de encarar estudos que são de exclusivamente aplicados em meios digitais, através de plataformas de ensino.

Agora, o momento que se desenha diante do avanço tecnológico de forma mundial é que passaremos por uma grande turbulência e percas de aprendizagem. As pessoas desfocaram do mundo real para se grudarem em redes sociais e se esqueceram do lucro e da capacidade que vem e pode se tirar das tecnologias.

Seja no ensino médio ou superior, buscar aprendizagem via plataformas digitais não é mais só uma necessidade, é também dançar conforme a batida do tambor dos outros. Quem ficar preso ao ensino tradicional perderá na prova. Não vai passar de ano! Esse dado empurra a comunidade escolar para índices bem pequenos. 

Há pessoas que fazem o uso de redes sociais e não sabem se tem um E-mail por exemplo, há estudantes que não sabem digitalizar um documento, há!! Tem gente que ainda não sabe enviar e receber nada por E-mail. Mas sabe postar em redes sociais. Isso representa o que há de pior em um país que precisa encontrar com urgência um ensino de qualidade.

Esses anotados são sinceros e preocupantes ao mesmo tempo. No entanto ainda que cause um estrondo na comunidade educativa, é preciso que se diga para delimitar melhor onde estamos.

3.4 Toda chegada exige um pouso seguro. Na faixa da aprendizagem esse pouso requer firmeza.

Se formos olhar desde a aprovação da LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação brasileira que definiu com muita sabedoria os princípios e a estrutura organizacional do ensino, já se percebe que a concentração de recursos educacionais não trouxe o resultado esperado. Enquanto o mundo avança de forma positiva, o Brasil ainda tenta entender e como aplicar a legislação.

Setores como a arte e a cultura e outros mais específicos tais como o ensino constitucional e ensino ambiental praticamente saíram da pauta escolar. Esse é o ponto mais critico para relativizar onde estamos. Nesse ínterim, caberia uma pergunta: como avançar na qualidade do ensino se nem mesmo as diretrizes legais foram cumpridas?

A resposta para tudo isso pode está no que eu chamo de desinteresse político. Isso é possível afirmar porque o Brasil ainda vive um modelo imaginário de tentar escolher qual sistema educacional atenderia melhor um país com tantas desigualdades, culturas diversas e um emaranhado de composições ideológicas que não se convergem na elaboração de um plano atendendo a essas peculiaridades. 

4 Considerações finais 

Com os mais sagrados cumprimentos à educação brasileira que temos, acreditamos que a esperada qualidade de ensino, só será alcançada se inicialmente compreendermos que os eixos educação e escolarização devem ser estudados em separados. Para essa tese, principalmente informar que a escolha dos ideais deve ser tomado a partir de quando o individuo entender e saber definir o que é escolarização e educação. Daí então, é hora de juntar esses dados para libertar o futuro do indivíduo. 

É preciso pautar o que a escola representa para a comunidade. Intensificar que ali é o templo sagrado donde se busca mentes brilhantes e preparadas para enfrentar as adversidades, deixando claro que alimentar um individualismo nos leva a uma escuridão. É na escola onde se deve aprender que, discordar é preciso, desde que essa oposição não retire o direito do ladeado, tão pouco assuma um campo de disputas ideológicas, que em nada tem a ver com civilidade. Isso só aumentaria um acirramento que deseduca a comunidade.

As teses pedagógicas aqui enfrentadas em algum momento podem até destoar do momento em que estamos. Entendemos ser aquele em que se tem de tudo, recursos, tecnologia, disciplinas, propostas, mas que nos falta um foco definido.

Esse foco está relacionado em definir em pequeno, médio e longo prazo as etapas para encontrar a boa educação. Para isso, sugere-se desespetacularizar o discurso e irmos para a prática, quer seja, perseguir metas que transformem indivíduos em semeadores do sucesso. Só ecoar positividades vazias não bastam, é preciso multiplicar esse discurso e dividir em sucesso e civilidade para a nação. E para isso há de se mostrar um espelho, podendo ser até mesmo nações mundo afora que deram certo.

Em resumo, só queremos duas vitórias do ponto de vista educativo, reduzir a desigualdade que tem como objetivos oportunizar qualidade de vida, e, formar pessoas com claros objetivos que fomentem a coletividade como princípio basilar. 

Por este ângulo podemos acreditar que em poucas investidas teremos uma nação atraente ao progresso de país e que prezam acima de tudo um olhar plural, ancorado em pessoa, sucesso e equilíbrio.

Desta maneira, chegaremos à tão sonhada pátria educadora, povo que brilha, mas que acima de tudo respeita a concorrência, as culturas e promovem o bem maior, que é o coletivo. É a esse Brasil que queremos chegar. 

Referências Bibliografias

_______ MIRANDO Pedro Publicado 09/05/2023, disponível em  https://jcconcursos.com.br/autor/pedro-miranda/    

_______Depoimento por: Lesley Maria de Oliveira, Instituição: C. E. Presidente Costa e Silva

_______Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ba/pilao-arcado.html

FARINHA, José. Abordagem sistêmica em educação - uma perspectiva filosófica da Educação. Disponível em: tp://w3.ualg.pt/~jfarinha/activ_docente/famcomintdef/matpedag/fe_tab.pdf. Acesso em: nov. 2011

_______Disponível em Política Educacional; Visão Sistêmica.https://anpae.org.br/simposio26/1comunicacoes/IreneNunesLustosa-ComunicacaoOral-int.pdf

________O Plano de Desenvolvimento da Educação - razões, princípios e programas. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/index.htm. Acesso em: out. 2011. 

________Evasão escolar e o abandono: um guia para entender esses conceitos,disponívelem:https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/emdebate/abandonoevasaoscolar/?gclid=EAIaIQobChMI8v2r1frv_gIV9DLUAR29rAULEAAYASAAEgLPZfD_BwE

SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas, SP: Autores Associados, 1997. 242 p

VEIGA, Eduardo de Lima. A FICAI sob a ótica do Ministério Público. In: Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões – Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011, p. 4-5. Disponível em: https://www.mprs.mp.br. Acesso em: 24 abr. 2018.

FREIRE, Paulo. A máquina está a serviço de quem? Revista BITS, maio de 1984, p. 6.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2009.


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