Redovagno Ribeiro
Julho de 2014
Numa sacada aventureira a humanidade chega ao mais
complexo e ousado mundo. A aventura que nunca se vence inicia logo após a
formação do feto por completo.
A fase mais tranquila ainda é a aquela vivenciada no
ventre da mãe por curtos nove meses, que de tão gostoso que é aquele período, a
criança esperneia e se move sem querer deixar a barriga da mãe. Parece que ela
entende que logo se encontrará com um gigante invencível e perverso.
A disposição que se tem por toda a vida é imensa e
impossível de se calcular. Acreditamos que nem mesmo após a morte ela não se
disfarce, pois, é bem verdade que continua a expectativa pela salvação da alma.
Isso nos remete a impressão real de que não se deve abandonar a luta nem morto.
Parece claro assim, que a vida corre atrás da morte, e a morte atrás da
salvação.
Um ciclo que parece não ter fim. Em contrapartida, tudo resulta numa
busca árdua por algo melhor.
Anuncia a Bíblia que mais tarde todos serão chamados
para o julgamento final, até aqueles já sepultados. Será naquela assentada como
imaginamos perante o Deus todo poderoso que ocorrerá a prestação de contas de
tudo aquilo que se fizera durante a vida melancólica que durou enquanto esteve
neste mundo de “fogo” e de cristais.
Dureza bem maior será para os condenados, se é que
haverá. Os quais segundo alguns estudos serão remetidos ao inferno. Ora, não se
coloca em dúvidas a capacidade e poder do Divino Espírito Santo, mas se
realmente houver essa tal condenação e essa intragável prisão, daí poderá vir a
maior e a mais horrível punição que poderemos ver ou receber.
Subentendo não ser bem assim, a ideia em nada tem
haver com o amor e a paixão de Cristo para com seus inseparáveis filhos.
Haverá, creio, um julgamento sem o encaminhamento de quem quer que seja ao
complexo do diabo. Não dar para crê nisso.
Jamais Deus dará ao seu semelhante à brusca prisão na Casa do Diabo.
Digo isso porque nem mesmo se houvesse tal punição,
pra lá não iria os profanos como alguns nos chamam. Razão porque o Deus que
creiamos, não faz acordos com o Diabo, sequer condena alguém para a ele ser
submetido.
Por relevância que é, voltemos a falar da dura
passagem pelo mundo que encaramos. Fazendo com que muitas vezes achamos que a
punição que merecemos, conosco ela se manteve tão somente durante a vida que logramos.
É possível que esta seja a mais razoável interpretação dentro deste orgulhoso
assunto.
Num estilo que nem nós mesmos entendemos, o homem se
joga ao mundo torturando a si mesmo. Tempos passam e logo as rugas aparecem e
ele continua se achando o melhor e o maior homem entre os outros.
Nasce rico e fica pobre, depois fica rico e pobre
novamente. Isso ocorre porque aquilo que se reconhece como bem material, o
transforma num indivíduo que voa sem ter onde pousar e pode acabar morrendo sem
saber e doendo sem sentir dor.
A miserabilidade está em cada um de nós, isso porque
nós mesmos planejamos a nossa derrota que nos causa consequências avassaladoras,
e, nos impede de ser capazes de vencer a ignorância, a tortura, a perseguição e
a fraqueza que logo culmina na morte prematura.
A pecaminosidade germina a partir da premissa de se
achar invencível e superior em tudo. Daí em diante ele se abarca numa vida que
mata a si e os outros, navegando num caminho inserto e sem merecer chegada,
porém continua sem entender, ou porque não quer, ou porque acredita na sua
própria força. Há tá! Esse caminho poderá tá te levando a sua própria morte.A razão de si vir ao mundo é outra camarada. Podemos
fazer muito, mas o progresso humano na sua conjuntura é olhar para o horizonte
estendendo a vida além dele.
Não há razão para viver atropelando a sua própria
sombra, ela tem de ser respeitada assim como se respeita a dos outros. Ela pode
ser vista como um sinal de que você não está sozinho aqui, e precisa se organizar
para não esbulhar o campo que não é só seu.
O granjeio de objetos, produtos e até de dinheiro
adquiridos, não podem se sobrepor a dignidade das pessoas, pois, assim sendo,
envereda-se por caminhos sem sabor, e pior ainda, afetando a vida dos seus
semelhantes.
Conosco está a luta de viver, e, Ele, o Rei Jesus não
te abandona, mas guarde consigo uma verdade, o julgamento virá e pode não ser
aquilo que você espera.
Naturalmente tudo é visto como bom, mas as atitudes
modéstias é que nos prova que se veio pra lutar e vencer, nunca ser vencido.
Assim, já dizia Sócrates: o
que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a
dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São essas as virtudes que devem
formar o seu caráter.
Sendo assim, não há dureza alguma ter chegado até aqui, o que falta é
encarar com gratidão e lealdade a tudo e a todos.
Viva essa arca construída por Deus, mais forte e mais reparativo do que
a arca de Noé. Com uma condição. Se contenha. O mundo não é somente seu! Tá
lembrado disso?