Redovagno Rbeiro - Agosto de 2015.
Uma piada de mau gosto que conta a diferença entre a
bíblia do crente e a bíblia do católico, serve de escora para o nosso título. O
fictício inventor expõe o que chamaríamos de ataque ao direito e a liberdade à
religião, afirmando que a diferença entre ambas é que supostamente a bíblia do
católico fede a mofo por perpetuar sobre a estante de casa, a do crente, fede a
suvaco, porque segundo a piada, vive debaixo do braço do obreiro por toda a vida. Se assim for, daqui por diante é possível entender que o Brasil
inteiro cheira a suvaco. No entanto, que fique claro. Isso aqui não passa de
uma ilustração bem apropriada para o tema.
No princípio, o Brasil conviveu com a escravatura, ação
repugnante e ditatorial sofrida pelos negros principalmente, isolando-os de
qualquer possibilidade de crescimento. Suas forças braçais eram armas fatais utilizadas pelos nobres
da época, para perseguirem tudo e a todos sem piedade. Eram eles as máquinas do
sucesso dos coronéis e fazendeiros, que mais tarde numa cartada de princesa
cairiam.
Era do trabalho escravo que vinham os recursos para assegurar
os impérios políticos daquele período. Para a nossa sorte, veio a Princesa
Isabel que mesmo sofrendo ataques resolveu conferir alforria
a muitos brasileiros, digo, africanos daquele tempo negro que todos conhecemos,
vivo até os dias de hoje. É pena que Isabel se foi, e não se escuta falar até o
momento, em ninguém que tenha a posse da sua encorajada luta,o que seria para o bem
geral do Brasil, o espólio libertador de Isabel.
A tarefa de servir aos senhores elitizados, geralmente
os grandes fazendeiros, ricaços e coronéis da época, era atribuída aos
escravos, homens e mulheres que existem nos dias atuais, sendo usurpados dos
seus direitos básicos. Existem tanto sitiados como legalizados por um sistema
político que os abarca e lhes retém o direito a liberdade. Assim, eles eram geralmente
tidos como verdadeiras máquinas de produção e prestadores de serviços ao povo nobre
daquela ocasião sangrenta. Por esse viés, pouco tem mudado.
No Brasil ainda
precisa surgir muitos Moros e Joaquins para que um dia a segunda parte da
escravidão seja de fato extinta. Por certo não será tarefa fácil, vez que, os
que escravizam hoje são lobos disfarçados de cordeiros.
Com a revogação da lei da escravidão pela Princesa Isabel
como dissemos, de lá para cá, quase nada mudou no Brasil. O vai e vem das
forças sopram a favor dos ventos, ventanias que sempre vão na direção dos
atuais coronéis disfarçados de bonzinhos, e de um coração igual ao dos antigos
senhores de engenho. Com um aperitivo a mais. Hoje eles são bem mais duros na
queda.
A corrupção tem se tornado tão visível, que acabara de
ser interpretada como uma coisa natural na vida das pessoas. Essa sim, escraviza
todos. A corrupção é hoje a pena de morte dos pretos, pardos, brancos, amarelos, e, atinge de morte as camadas mais pobres.
Certo dia enfrentei uma discussão a respeito da compra
de votos.
Disse a um conhecido meu que a compra da consciência se dá em função
do dinheiro fácil que vem exatamente de setores organizados com uma visão de
poder pelo poder. O pior é que apesar das exceções, esse desvio de conduta se
constrói dentro da maioria das administrações públicas de todo país escravizando
todos nós. Claro que minoritariamente, mais ainda há exceções, homens de bem.
Digo isso porque ainda não vi e jamais veremos, uma
pessoa encher seu bornal de dinheiro com seu próprio salário e sair
distribuindo às pessoas nas praças ou nas comunidades. Quando essas senas são
vistas, possam ter a convicção de que antes houve a velha prática da corrupção.
Escuta-se muito a frase; estou quebrado. Abram os
olhos. Essa voz que tu escutas, é como se eles avisassem a nós que, ágil como um
gato, irá à luta digladiar dentro da sua área a fim de conseguir um novo
recurso para a compra de novos escravos, apoios e continuar quebrando o país,
este sim, quebrado de verdade.
Enquanto isso e com asas incansáveis a bater, voam o
mais alto possível tentando marcar território e manter sob seu suvaco em
escandalosa corrupção, os escravizados de hoje.
Num fedor invisível e como um ar sem cor, a troca de
favores rola solta. Essa é a estrada sem semáforo por onde caminha a 120Km/h a
senhora corrupção. Rasteira e fatal. Não erra um alvo. Como bala perdida,
derruba a educação e sepulta a saúde. E nós? Nós, continuemos sempre presos a
suvaqueiras se quisermos passar bem. Ou! Passar mal. Com uma boca amarga como
fel, estamos aqui, a espera de 2016 e que uma benção aconteça para nos salvar
até lá.
Invencíveis como um lajedo daqueles que há milhões de
anos são atacados por ventos, água e inférteis homens, estão as correntes de
boa vontade, relutando e fugindo da armadilha suvaqueira.
Mitigando inocentemente os filhos de Noé, esses talvez
nem esperem muito por alforria. Quanto a estes, resta o pensamento curto e sem
luz futura, a espera de apenas simples ofertas de sobrevivência que mal dar
para amenizar um pouco da fome, que estraga sonhos e encurtam vida.
Fica uma indagação. Será que os filhos de Noé
alcançará um novo momento na vida? Talvez sim! Quando a arca estiver construída
serão eles ali abordo, enquanto que os proprietários suvacais, serão remetidos
de verdade para reporem aquilo que eventualmente tenham usurpado da sociedade
perene. Lava Jato que os diga.
A nossa contrapartida aqui rascunhada, é possível que
sirva de campo de extração de ideias e programas de contenção da ganância de algumas
pessoas, a quem devemos ainda que impossível, perdoá-las. Elas não sabem o que
faz.
O caminho é longo para todos, não tente impedi-lo.
Ninguém será capaz de manter por toda uma vida, por mais sagrado que seja, os
obreiros do Senhor como refém. Prender a bíblia debaixo do braço ate é possível,
porém ao contrário disso, não conseguirá prender o homem que admira a sagrada
escritura, a não ser que você se torne o piloto e o engenheiro de uma nova arca
como a de Noé.
Tarefa impossível entendo eu; porque tu não andas
plantando nenhuma árvore que mais tarde te servirá de sombra e produção de ar
que ventilará a você como inspiração de Deus. Recolha-te, voe para ti e dê
carona aos outros. Sem corrupção. Somente assim as tuas asas renovarão sempre,
e quando necessitar poderá voar com as assas dos que antes foram por ti desperdiçados.
Nessas condições, não haverá ninguém preso a suvaco,
terá assim, uma revoada de coligados da ética sobre o caminho de Deus.
Em verdade a piada antes contada é mentirosa. Infelizmente, verdade mesmo, é tantos e tantos suvacos armados para abocanhar o sonho de muitos brasileiros.
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