quinta-feira, 5 de abril de 2018

RUINAS PARA QUE TE QUERO



Por Redovagno Ribeiro
A visita aconteceu em 04.04.2018

 

Equipe da UNIVASF liderada pelo Prof. Leonardo com a participação de comitiva de Pilão Arcado foi à velha sede da cidade às margens do Velho Chico catalogar e entender as razões da transferência da antiga sede para onde se encontra a atual sede municipal.

O trabalho avistado pela UNIVASF deve abarcar a partir de seus ex moradores informações documentais e históricas para embasar um projeto de reinstalação de boa parte dos casarões da antiga cidade. Os especialistas em restauração e tombamento histórico atestaram que a região tem grande chance de sucesso, pela sua pujante história política e em especial pela capacidade de comprometimento da sociedade em buscar reerguer a cidade Velha de Pilão Arcado.

A visita gravitava naquele dia de aniversário de Martin Luther King em torno de dois belíssimos temas: O histórico Político de Pilão Arcado e suas riquezas folclóricas e arqueológicas. Na cabeça dos componentes da comitiva que assim foi batizada, se passavam muitos filmes reais ainda em sede de resgate e de produção. Reais pela firmeza de detalhes que resistem ao tempo os deixados e achados que compõem o museu a céu aberto da Velha e também da Nova e já maior Pilão Arcado Nova.


A ideia apartidária plural foi encabeçada pelo Deputado Zó que tem raízes em Pilão Arcado e por autoridades locais que vão se organizar em grupos de trabalhos orientados pela Universidade do Vale do São Francisco, pela Prefeitura, Paróquia Santo Antônio e Câmara de Vereadores.
Artigos literários, fotos, projetos de pessoas da cidade, topografia antiga, depoimentos e objetos, farão parte de um catálogo de memória da Velha Pilão Arcado que serão encaminhados à UNIVASF e ao IPHAN para dá largada ao início do tombamento daquele reluzente lugar de grandes batalhas políticas e sociais.

Pilão Velha possui grandiosa riqueza turística dada a sua localização geográfica, e se projeta com força, frente ao projeto lançado que será aliado a técnica e à cultura local, mencionou o Administrador e Professor Redovagno Ribeiro.

A visita técnica atendeu a um chamamento geral face ao sentimento de saudade que todos ainda levam para o resto das nossas vidas, relatou o morador e anfitrião José da Franca.

Pela prosa e versos de Robertinho que desmisticavam, frutos, ruas, paixões e piadas emocionou-se Guarabira Queiroz Lima escritor e morador da logo ali ressuscitada Velha Pilão Arcado, e Maria Niva célere representante do Poder Público naquele momento de bate papo embaixo da barraca administrada pelo amigo Eliúde Freitas, regresso empresário de Pilão Velho.

O baixinho Sandoval Almeida, figura que se destaca pela firme parceria com os restos da velha cidade, brilhou como principal guia para que a equipe de TV Caatinga preparasse seu documentário que registrará os melhores momentos de empolgação e fé, dentro e fora da Canoa de Rogério que nos levou e nos devolveu sorrindo.

Cada rosto que ali se envolveu nesse apito inicial se contrastava com a importância da viagem como bem pregou inteligentemente a Professora Edinha e o Senhor Zé de Dazinha, sem escapar do momento em altas milhas do São Francisco festejado pelo Vereador Antoônio Medeiros, Robson Santana, Paulo José, Ex Prefeito Roberton Martins e sua Esposa Elizete Iara, que também levou a professora Telma, Marieta, Sergio Mariano, Everton Luiz, o Conhecido Mazinho Lopes e o folclórico Arival que atormentava cada um de nós com seu jeito piadista. Tinha ainda as panelas de Peixe Dourado e um paneleiro, o amigo Valter das Panelas.

Lembrando sempre que toda aquela comitiva tinha entre si um objetivo em comum. Trazer de volta pessoas para habitar na cidade que um dia acolheu Índios Mocoazes e conviveu com diversas batalhas de guerras regionais.

Esse objetivo gira por todos os cantos da cidade lentamente e vezes descrente, porém, as ruinas da igreja antiga de Santo Antônio entre outros escombros gritam pedindo para não desaparecerem da terra de Pilão.

Ruinas que vistas de longe ou de perto, ou até mesmo do alto do cruzeiro nos remente a ideia de que estão apenas órfãos, jamais mortos.

Em ruinas para que te quero, tem um apito que se escuta lindamente da brisa do Rio São Francisco dizendo. Venham, aqui estamos esperando os que aqui moraram e os que ainda restam. Vamos juntos dizer ao mundo que mesmo distante, ainda existe o amor entre nós.

Mais abaixo e submersas estão as pedras do remanso que giram e agitam um clima de paixão profunda como uma saia de uma dançadeira que um dia ali existiu.

Por fim, foi tudo bem orquestrado, bailado e agora arquitetado para se construir um novo velho Pilão de onde coisas novas virão e de onde nunca deveriam terem saído.

Abraço meu Pilão, estamos com você para sempre!

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