quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

AO INVÉS DE DESCER, AS ÁGUAS SOBEM



Na linguagem cotidiana das pessoas, as águas só correm para o mar.
Tudo bem que o curso normal das águas segue um declive como se elas fossem em busca de um aposento.

É o que se sabe sobre o comportamento das águas. No entanto, em verdade, as águas sobem.

As águas sobem. E como vai subindo! Em pouco tempo as águas vão bordejar cada montanha e cada ser humano que pensa que elas estão indo embora, quando em verdade, elas estão chegando.

Por isso, desiluda-se meu amigo, desça logo das montanhas. Desça! Mesmo que você esteja nas nuvens, ou até mesmo sobre um salto de sapato que você estufa o peito perverso, desça! Vamos, lave-se com as águas que sobem e regam a vida.

Seja como a água que sobe uma montanha por dia e não se cansa. E aí, vai esperar pelo seu afogamento? Pense nisso!! 

Redovagno Ribeiro

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Fuga da realidade é um pecado anunciado




Instalou-se dentro e fora da vida das pessoas um distanciamento da realidade dos fatos. A capacidade do brasileiro de negar a si mesmo a realidade de um Brasil intoxicado que acolhe seus doentes chega a ser um pecado mortal.

Instigados a se manifestar a cada período eleitoral, o eleitor se debruça sobre barris de propostas genéricas que são conservadas há anos como sinal de quase nada. Não são novas nem estranhas as propostas e ações dos governos, elas se reproduzem em vasos políticos já poluídos pela fuga da falta de compromissos e de caráter ético. Os pleitos eleitorais são recipientes próprios da politicagem onde se guarda cada voto com uma pequena dose de calmante genérico, como se diz: Calma vai melhorar! Aguardem!

As propostas de governo soam como a comida que não veio e, se decidirem mandar já virão contaminada pela falcatrua que move a roubalheira em cada canto desse país.

O conjunto de povo que se tem não merece mais confiança. Urge estrondosamente uma fuga da realidade dos fatos. Governos ilustram bem no quesito engana os tolos. Equivale dizer, eles são tóxicos, rudes etc, e não vão compreender o que falamos.

Realmente estamos contaminados. São mentiras com os dados da saúde, são turbilhões  de falsidade nos investimentos com educação e emprego e assim segue os pecados.

Mas existe dado é real, a corrupção que todos conhecem. Se contrata um prestador de serviço tem o conchavo para o pagamento da propina. Se renova o quadro funcional tem o conchavo do voto. Se perfuram um poço artesiano, de lá tem que beber e trazer votos.

Mas nenhum assume esses dados. É uma fuga real da realidade obscura das coisas. Nos porões das administrações se escuta vozes em avançado sistema de desvios da coisa pública. Me traga um CPF que preciso justificar o valor pago pela abertura da estrada que nunca abriu, são coisas desse tipo que exala do chaminé das prefeituras brasil a fora. Todo mundo sabe disso, até quem estar por nascer, mas a realidade é outra, e fugimos dela.

Sabia que você é um pecador? E por que não assume a realidade e vai atrás de outras formas puras? Pense nisso!!

terça-feira, 17 de abril de 2018

Desequilibrada, a Pátria pode dar seu último suspiro


Por Redovagno Ribeiro

Tudo tem a primeira e a segunda vez. No Brasil, em especial aqui pelo nordeste segundo seus habitantes a verdade só aparece após três tentativas, não importa qual seja seu resultado. Positivo ou negativo.

Generoso, o Brasil tem oferecido centenas de chances que norteia o desejo de juntos encontrarmos soluções que nos encoraje a viver nesse terreno tropical. Como em um manguezal derretidos pelas perversidades, entre algumas tantas letais como mensalão, mesalinho, propinoduto e petrolão, assim seguem em situações extremas cada brasileiro preso por um sistema tal como controle remoto.

O Brasil que se vive é o Brasil clandestino e da má vontade. A leitura que se faz desse período turbulento é a leitura de um manguezal onde o povão são os caranguejos capturados a cada quatro anos para serem abatidos pela politica suja.

Há Brasil!! São tantas vezes suando para proteger seus inquilinos que já se percebe os sinais de fraqueza, a pulsação a cada dia mais lenta, e seu pulmão poluído pela corrupção que vai sendo ao longo dos tempos açodado pelo petrolão e mensalão, mensalinho e por aí segue o descaramento que não tem faltado.

O Brasil teve a sua primeira e a segunda via, Terra de Vera Cruz e finalmente Brasil. Não haverá a confecção da terceira via se do atual momento que se vive algo de positivo não sair. É preciso se tirar lições e aprendizados profundos.

O medo eminente é o assentamento da Certidão de Óbito do gigante tropical pela falência das nossas instituições estruturais de governança, em especial o Congresso Nacional que não corresponde nem um pouco do que aguardam os brasileiros. Reformas por lá, viram gibis e letras mortas que mais parecem versos e prosas de um literário que não existe.

Todos temem, mas ninguém quer ir ao velório do Brasil. As lideranças nacionais ainda não perceberam, mas na sua grande maioria serão os responsáveis pelo derradeiro suspiro que o Brasil dará.

O soro inicial para ajudar na recuperação da Pátria hospitalizada, passa por reformas consistente como a trabalhista, já angariada a da previdência que adoeceu em seu período fértil pelo zika vírus e a reforma política, que precisa cortar o fôlego poluído de alguns políticos brasileiros, senão, eles vão continuarem a tragar o ar do Brasil que não lhes pertence unicamente.

Do mesmo Brasil açodado que falamos, migalhas gotejam do alto por onde tentam ludibriar a cabeça dos cansados trabalhadores. Programas sociais direcionados, saúde precária, educação deseducada etc. Essas ações nada mais são do que curingas que juntas têm o poder de subterraneamente nos vencer, vezes até com a morte.

O País não suportará esse galope de más intenções. Chegou a hora de acabar com o terrorismo da corrupção. Passou do momento de se apresentar aos brasileiros um plano coerente, que passe pelo crivo de cada brasileiro e possa devolver a cada um o entusiasmo de viver.

Tortos e indignados com o avassalador avanço da corrupção não resistiremos a mais nada. O perigo aventado é virarmos finados juntos com o Brasil. Se nada for levado a sério, para que serve o Brasil?  Levanta-te Pedro, desfaça o descobrimento e regressemos a Portugal.

A Lava Jato tem vigiado, mas não tem dado conta de salvar os inquilinos, lhes falta a mais fartas de todas as coisas, que é o respeito que lhe é devido pelas autoridades brasileiras. Inclusive aprovando Leis mais severas contra a corrupção.

O tic tac da máquina chamada Brasil está em queda livre avisando que o gigante passa mal, mal e mal. O que era apenas um desequilíbrio, pode se tornar o último suspiro.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

RUINAS PARA QUE TE QUERO



Por Redovagno Ribeiro
A visita aconteceu em 04.04.2018

 

Equipe da UNIVASF liderada pelo Prof. Leonardo com a participação de comitiva de Pilão Arcado foi à velha sede da cidade às margens do Velho Chico catalogar e entender as razões da transferência da antiga sede para onde se encontra a atual sede municipal.

O trabalho avistado pela UNIVASF deve abarcar a partir de seus ex moradores informações documentais e históricas para embasar um projeto de reinstalação de boa parte dos casarões da antiga cidade. Os especialistas em restauração e tombamento histórico atestaram que a região tem grande chance de sucesso, pela sua pujante história política e em especial pela capacidade de comprometimento da sociedade em buscar reerguer a cidade Velha de Pilão Arcado.

A visita gravitava naquele dia de aniversário de Martin Luther King em torno de dois belíssimos temas: O histórico Político de Pilão Arcado e suas riquezas folclóricas e arqueológicas. Na cabeça dos componentes da comitiva que assim foi batizada, se passavam muitos filmes reais ainda em sede de resgate e de produção. Reais pela firmeza de detalhes que resistem ao tempo os deixados e achados que compõem o museu a céu aberto da Velha e também da Nova e já maior Pilão Arcado Nova.


A ideia apartidária plural foi encabeçada pelo Deputado Zó que tem raízes em Pilão Arcado e por autoridades locais que vão se organizar em grupos de trabalhos orientados pela Universidade do Vale do São Francisco, pela Prefeitura, Paróquia Santo Antônio e Câmara de Vereadores.
Artigos literários, fotos, projetos de pessoas da cidade, topografia antiga, depoimentos e objetos, farão parte de um catálogo de memória da Velha Pilão Arcado que serão encaminhados à UNIVASF e ao IPHAN para dá largada ao início do tombamento daquele reluzente lugar de grandes batalhas políticas e sociais.

Pilão Velha possui grandiosa riqueza turística dada a sua localização geográfica, e se projeta com força, frente ao projeto lançado que será aliado a técnica e à cultura local, mencionou o Administrador e Professor Redovagno Ribeiro.

A visita técnica atendeu a um chamamento geral face ao sentimento de saudade que todos ainda levam para o resto das nossas vidas, relatou o morador e anfitrião José da Franca.

Pela prosa e versos de Robertinho que desmisticavam, frutos, ruas, paixões e piadas emocionou-se Guarabira Queiroz Lima escritor e morador da logo ali ressuscitada Velha Pilão Arcado, e Maria Niva célere representante do Poder Público naquele momento de bate papo embaixo da barraca administrada pelo amigo Eliúde Freitas, regresso empresário de Pilão Velho.

O baixinho Sandoval Almeida, figura que se destaca pela firme parceria com os restos da velha cidade, brilhou como principal guia para que a equipe de TV Caatinga preparasse seu documentário que registrará os melhores momentos de empolgação e fé, dentro e fora da Canoa de Rogério que nos levou e nos devolveu sorrindo.

Cada rosto que ali se envolveu nesse apito inicial se contrastava com a importância da viagem como bem pregou inteligentemente a Professora Edinha e o Senhor Zé de Dazinha, sem escapar do momento em altas milhas do São Francisco festejado pelo Vereador Antoônio Medeiros, Robson Santana, Paulo José, Ex Prefeito Roberton Martins e sua Esposa Elizete Iara, que também levou a professora Telma, Marieta, Sergio Mariano, Everton Luiz, o Conhecido Mazinho Lopes e o folclórico Arival que atormentava cada um de nós com seu jeito piadista. Tinha ainda as panelas de Peixe Dourado e um paneleiro, o amigo Valter das Panelas.

Lembrando sempre que toda aquela comitiva tinha entre si um objetivo em comum. Trazer de volta pessoas para habitar na cidade que um dia acolheu Índios Mocoazes e conviveu com diversas batalhas de guerras regionais.

Esse objetivo gira por todos os cantos da cidade lentamente e vezes descrente, porém, as ruinas da igreja antiga de Santo Antônio entre outros escombros gritam pedindo para não desaparecerem da terra de Pilão.

Ruinas que vistas de longe ou de perto, ou até mesmo do alto do cruzeiro nos remente a ideia de que estão apenas órfãos, jamais mortos.

Em ruinas para que te quero, tem um apito que se escuta lindamente da brisa do Rio São Francisco dizendo. Venham, aqui estamos esperando os que aqui moraram e os que ainda restam. Vamos juntos dizer ao mundo que mesmo distante, ainda existe o amor entre nós.

Mais abaixo e submersas estão as pedras do remanso que giram e agitam um clima de paixão profunda como uma saia de uma dançadeira que um dia ali existiu.

Por fim, foi tudo bem orquestrado, bailado e agora arquitetado para se construir um novo velho Pilão de onde coisas novas virão e de onde nunca deveriam terem saído.

Abraço meu Pilão, estamos com você para sempre!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Redovagno Ribeiro: Um país em que se transforma Juízes em réus e condenados viram heróis.

Foto da internet

Vivemos um momento estranho da nossa República. O Brasil pelo tempo de  nascimento poderia ser outro, mas não, o Brasil que foi a cartório em 1500 se tornou um título de uma história qualquer, cheia de incertezas e de difícil interpretação.

Qualquer pessoa comenta sobre nosso descobrimento, sobre nossa economia, sobre qualquer situação que envolva a nossa história antiga e recente, mas não existe um único brasileiro que possa afirmar para onde vamos ou quem seremos num futuro próximo. A pergunta seria? Que Brasil é esse? Que país é esse já idoso que ninguém entende?

Salpicam sobre nossos ombros uma inversão de valores, uma catástrofe anunciada, uma revolta sem precedente. Quebra-quebra, corrupção, poluição ambiental, poderes invadindo poderes, instituições sem crédito, e a Pátria parece mais está sendo redescoberta que se construindo. Tá difícil!!  São essas coisas que acham normais que intrigam a nossa gente.

Não duvidem se até mesmo uma guerra civil se iniciar.  Abcessos e resíduos malígnos podem explodir na cara de cada brasileiro como uma chuva ácida que comprometerá a nossa locomotiva chamada Brasil.

As nossas Leis são desossadas e fritadas para alimentar poderosos, as lambidas carcaças,ficam para a classe pobre que mal consegue roê-las pelas suas debilitadas condições de lutas.  Há quem diga, que se não roer as migalhas será bem pior.

Numa terra em que mesmo seca tudo que se planta germina e brota, a pior das sementes nasce dando vida corrente a uma erva danosa que tece terrenos embaraçosos. A tal divisão, nós e eles continuam subindo às paredes que nos cercam, logo ali, estará asfixiando os filhos de Vera Cruz que são inquilinos dessa disfarçada democracia.

A terra de fato pode brotar tudo, desde que alguém a cuide e cultive para o bem. O Congresso trabalha exatamente o contrário, toneladas de forças empurram para o país que a gente ama, incertezas, impedimentos, e, plantam a ideia de que, se a Justiça age é por perseguição política ou porque querem demonizar a classe política. Não Senhores Políticos! Não!! Isso é de uma temeridade absurda. Estamos nas mãos de quem finge que faz. É fato.

Querem que o Judiciário se cale, querem que as ruas parem de andar. Para isso se constrói um mal que não tem cura. Tá tudo muito errado. Só falta mesmo erguer a espada e cortar a cabeça dos brasileiros e extirpar o Poder Judiciário. Seria o dilúvio de uma sociedade gigante, a espera há mais de 1.500 anos por um país inteligente. É muito tempo para tão pouca ou quase nada feito.

Ferro e fogo para os que trabalham, e heroísmo para réus e condenados. Socorro Brasil!!!

O Judiciário segue na escolta da moralidade, às vezes tendo que enfrentar barreiras impostas pelos gigantes legisladores, mas segue andando na tentativa de impedir a miserabilidade dos homens e mulheres desse Brasil.

Moros, Bretas, Gebrans,  Paulsens e Laus, são magistrados que dão ainda a sensação de que esse País ainda tem jeito, mas para isso, é preciso que cada brasileiro dê uma contribuição. Mesmo que seja dialogando, mas que peça a seu amigo politico, não roube. Faça isso pelo Brasil. Se contente com o seu salário.

Precisa-se de Escola em tempo integral, de segurança pública, de reformas sérias, de saúde pública especializada etc etc. Chega de churumelas.

Precisamos compreender que o Brasil pode não durar muito se pregarmos a ideia de que poderoso processado é perseguição. Se fosse o contrário? Se todos os processos fossem para as costas dos ladrões de galinhas? Na certeza, isso seria uma fluente ditadura. Olha que nem queremos concordar com isso.

Um grande pensador brasileiro dizia: Ninguém sabe o que você ouve, mas todo mundo ouve muito bem o que você fala -Millôr Fernandes. Pois bem, preguemos apoio aos nossos verdadeiros heróis, outros podem nos ouvir, não só Juízes, mas políticos e tantos outros que operam esse país.

Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos, Millôr Fernandes.

Mesmo assim, creio nesse país. Apesar de suas investidas malignas, somos todos heróis. resistimos a tudo, a mensalões, petróleos etc. E aqui estamos nós desempregados, sem uma forte economia, mas rompendo barreiras.
Resista Brasil. Não desembarquem dessa história. Habilitem-se e vamos a luta. 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Tintas que colorem

Redovagno Ribeiro

Começa a contagem regressiva para os últimos suspiros de 2017. Entre tantas notícias boas e ruins, a nação segue desenhando seus álbuns de histórias. A cada dia se constrói um mosaico estampado de desejos e lutas que preenchem um mundo cada dia mais complexo, mas explorável.

Doada mesmo só a lealdade de Cristo que nos colocará em 2018 pintando cada vez mais colorido. Serão telas, quadros e fotos em 2018, cada um com cores fortes e cheias de ousadias para não se desbotar com as mazelas que virão.

Muitos se retraem por achar incapazes, vez pensam cronicamente ser inférteis. Parem com isso. A incapacidade é símbolo da tristeza e dos quadros quebrados. Sejam em 2018 fenômenos da vida. Usem uma tinta de coloração da vida, provoquem passos novos e os renove a cada dia.


Abram suas latas de tinta, tantas quanto quiser e pensar. Saiba que terá muitas telas para colorir. 2018 será seu lugar de trabalho para continuar com possibilidades reais de cheiro e cores vivas.

sábado, 18 de novembro de 2017

Puramente degolador, concurso 2008 segue decepando

Por Redovagno Ribeiro
Foto da Internet

Era 08 de novembro de 2007 quando o Município de Pilão Arcado anunciava a abertura da 3ª rodada de Concursos Públicos para selecionar profissionais a preencherem juntos o quadro efetivo de servidores de Pilão Arcado.

Os candidatos que se apresentavam para concorrer aos mais diversos cargos, só não contavam com uma das mais difíceis tarefas de ser vencida. Só tinham a certeza que além de se dedicarem aos estudos, precisavam dá o melhor que precisava Pilão Arcado.

Um Titanic preste a naufragar trazia aos quadros municipais uma lista de profissionais. O gestor que organizava o certame marcou o evento para conferir posse aos candidatos aprovados, abria ele um livro de 100 folhas para mudar a história dos aprovados, à época, anotava o calendário, era 31 de março de 2008.
Arquivo Pessoal
Até aí tudo era só mar e luz.  Só não sabiam os nomeados, que em um oceano tudo de ruim e inesperado poderia acontecer. A pedra que furaria o casco do resistente Titanic se chamaria Decreto 2.9.6 de 24 de setembro de 2009.

Tinha nas profundezas do Oceano outras espécies ainda sem se conhecer. Tinha TAC, tinha depoente, e tinha gente chamando gente de analfabeto. Era uma tempestade sobre o Titanic, digo, Concurso de 2008.

Um depoente que acusou um dos tripulantes, dizia em sua obra impensada, que um dos sofridos remador era analfabeto e não poderia ter se posicionado na lista dianteira da embarcação do sofrimento. O mais estranho é que o acusador e acusado tem pontos incomuns, ou quem sabe, distintos e estranhos.

O acusador se atreveu a chamar um entre os tripulantes, de analfabeto, alguém que não sabia ler, para esse tripulante, o acusador emitiu grau de escolaridade atestando a sua intelectualidade. Das duas, uma verdade será provado, ou o acusador emitiu documento falso, ou o acusado não é analfabeto, vez que em seu bornal anda o mapa de estudo, com notas que o credenciou para o ingresso no certame.
O dito mapa oceânico, equivaleria a sua prova material para vencer as águas bravas e provar a sua incômoda situação de réu.

A manifestação 296 enumera uma listagem quase maior que toda a tripulação que buscava salvar a si e toda a sua família através daquele concurso público. Definitivamente, o direito líquido se tornava ali um asteroide duro de se quebrar. Era pois, nem líquido nem certo, era incerto.

A lista transcreve uma rajada de considerações, entre elas uma suposta Ação Civil por impropriedade de autoria do MP para apurar irregularidades no trânsito do Titanic. Relata entre outras coisas, Ofício do TCM, Processo Licitatório, Sumiço do Livro de posse, aquele de 31 de março de 2008 e tantas desconsiderações que aos poucos são destruídas pelos processo transitados, 000129.15.2008.805.0194 e 0000424-18.2009.805.0194.

Em peça extraordinária de 26.09.2013, a procuradoria municipal não sei se por descuido ou porque a maré começava a se voltar contra a acusação, esta, encaminha cópia do Livro de posse ao Juiz da Comarca, espatifando de vez a peça 296, em especial a antepenúltima consideração da manifestação.
Foto da Internet
Instados a se defender por quase uma década, os tripulantes do incansável mar de agitação, debruçam-se dentro  de um emaranhado de aguas revoltas e ainda indomável. A pesca por papeis e documentos achados pela estrada vão se formando a cada dia um amontoado de processos e discussões sobre o tema.

Recente, o mar se abriu por onde outra vez Moisés pode surgir. É que há sinalização clara de que os tripulantes seguirão sua rota atrás de provar a sua sorte antes atingida e assim reescrever seus nomes no Livro de 31 de março. Os comandantes, se enfrentarão noutra empreitada com os piratas para porem à  mesa da Justiça a verdade.

A essa altura, não se sabe mais quem defende ou acusa, se quer os tripulantes fora do barco, ou se querem a condenação da organização do certame. 

Fato é que, agora cada um seguirá seu destino, uns dizem outros respondem, mas por hora os decepados são os que estudaram e até então, esmagados.
O mar continua afregelado, mas já se avista terras secas do lado de lá, resta saber quem terá sucesso depois do desembarque do Titanic que em breve se atraca ou afunda.

Que essa história se encerre com a música de fundo: My Heart Will Go On = Meu coração vai continuar. Força galera – Fonte: (https://www.youtube.com/watch?v=R7uJOq-g0Dc



A ascenção das multidões e o enredo arruinado da política brasileira

  De maneira crua, tenho alertado as figuras do mundo político com as quais lido no meu dia-a-dia no sentido de que o povão está se rebeland...