segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O suvaco do Brasil

Redovagno Rbeiro - Agosto de 2015.

Uma piada de mau gosto que conta a diferença entre a bíblia do crente e a bíblia do católico, serve de escora para o nosso título. O fictício inventor expõe o que chamaríamos de ataque ao direito e a liberdade à religião, afirmando que a diferença entre ambas é que supostamente a bíblia do católico fede a mofo por perpetuar sobre a estante de casa, a do crente, fede a suvaco, porque segundo a piada, vive debaixo do braço do obreiro por toda a vida. Se assim for, daqui por diante é possível entender que o Brasil inteiro cheira a suvaco. No entanto, que fique claro. Isso aqui não passa de uma ilustração bem apropriada para o tema.

No princípio, o Brasil conviveu com a escravatura, ação repugnante e ditatorial sofrida pelos negros principalmente, isolando-os de qualquer possibilidade de crescimento. Suas forças braçais eram armas fatais utilizadas pelos nobres da época, para perseguirem tudo e a todos sem piedade. Eram eles as máquinas do sucesso dos coronéis e fazendeiros, que mais tarde numa cartada de princesa cairiam.

Era do trabalho escravo que vinham os recursos para assegurar os impérios políticos daquele período. Para a nossa sorte, veio a Princesa Isabel que mesmo sofrendo ataques resolveu conferir alforria a muitos brasileiros, digo, africanos daquele tempo negro que todos conhecemos, vivo até os dias de hoje. É pena que Isabel se foi, e não se escuta falar até o momento, em ninguém que tenha a posse da sua encorajada luta,o que seria para o bem geral do Brasil, o espólio libertador de Isabel.

A tarefa de servir aos senhores elitizados, geralmente os grandes fazendeiros, ricaços e coronéis da época, era atribuída aos escravos, homens e mulheres que existem nos dias atuais, sendo usurpados dos seus direitos básicos. Existem tanto sitiados como legalizados por um sistema político que os abarca e lhes retém o direito a liberdade. Assim, eles eram geralmente tidos como verdadeiras máquinas de produção e prestadores de serviços ao povo nobre daquela ocasião sangrenta. Por esse viés, pouco tem mudado. 

No Brasil ainda precisa surgir muitos Moros e Joaquins para que um dia a segunda parte da escravidão seja de fato extinta. Por certo não será tarefa fácil, vez que, os que escravizam hoje são lobos disfarçados de cordeiros.

Com a revogação da lei da escravidão pela Princesa Isabel como dissemos, de lá para cá, quase nada mudou no Brasil. O vai e vem das forças sopram a favor dos ventos, ventanias que sempre vão na direção dos atuais coronéis disfarçados de bonzinhos, e de um coração igual ao dos antigos senhores de engenho. Com um aperitivo a mais. Hoje eles são bem mais duros na queda.

A corrupção tem se tornado tão visível, que acabara de ser interpretada como uma coisa natural na vida das pessoas. Essa sim, escraviza todos. A corrupção é hoje a pena de morte dos pretos, pardos, brancos, amarelos, e, atinge de morte as camadas mais pobres.

Certo dia enfrentei uma discussão a respeito da compra de votos. 

Disse a um conhecido meu que a compra da consciência se dá em função do dinheiro fácil que vem exatamente de setores organizados com uma visão de poder pelo poder. O pior é que apesar das exceções, esse desvio de conduta se constrói dentro da maioria das administrações públicas de todo país escravizando todos nós. Claro que minoritariamente, mais ainda há exceções, homens de bem.

Digo isso porque ainda não vi e jamais veremos, uma pessoa encher seu bornal de dinheiro com seu próprio salário e sair distribuindo às pessoas nas praças ou nas comunidades. Quando essas senas são vistas, possam ter a convicção de que antes houve a velha prática da corrupção.  

Escuta-se muito a frase; estou quebrado. Abram os olhos. Essa voz que tu escutas, é como se eles avisassem a nós que, ágil como um gato, irá à luta digladiar dentro da sua área a fim de conseguir um novo recurso para a compra de novos escravos, apoios e continuar quebrando o país, este sim, quebrado de verdade.  

Enquanto isso e com asas incansáveis a bater, voam o mais alto possível tentando marcar território e manter sob seu suvaco em escandalosa corrupção, os escravizados de hoje.

Num fedor invisível e como um ar sem cor, a troca de favores rola solta. Essa é a estrada sem semáforo por onde caminha a 120Km/h a senhora corrupção. Rasteira e fatal. Não erra um alvo. Como bala perdida, derruba a educação e sepulta a saúde. E nós? Nós, continuemos sempre presos a suvaqueiras se quisermos passar bem. Ou! Passar mal. Com uma boca amarga como fel, estamos aqui, a espera de 2016 e que uma benção aconteça para nos salvar até lá.

Invencíveis como um lajedo daqueles que há milhões de anos são atacados por ventos, água e inférteis homens, estão as correntes de boa vontade, relutando e fugindo da armadilha suvaqueira.  

Mitigando inocentemente os filhos de Noé, esses talvez nem esperem muito por alforria. Quanto a estes, resta o pensamento curto e sem luz futura, a espera de apenas simples ofertas de sobrevivência que mal dar para amenizar um pouco da fome, que estraga sonhos e encurtam vida.  

Fica uma indagação. Será que os filhos de Noé alcançará um novo momento na vida? Talvez sim! Quando a arca estiver construída serão eles ali abordo, enquanto que os proprietários suvacais, serão remetidos de verdade para reporem aquilo que eventualmente tenham usurpado da sociedade perene. Lava Jato que os diga.

A nossa contrapartida aqui rascunhada, é possível que sirva de campo de extração de ideias e programas de contenção da ganância de algumas pessoas, a quem devemos ainda que impossível, perdoá-las. Elas não sabem o que faz.

O caminho é longo para todos, não tente impedi-lo. Ninguém será capaz de manter por toda uma vida, por mais sagrado que seja, os obreiros do Senhor como refém. Prender a bíblia debaixo do braço ate é possível, porém ao contrário disso, não conseguirá prender o homem que admira a sagrada escritura, a não ser que você se torne o piloto e o engenheiro de uma nova arca como a de Noé.

Tarefa impossível entendo eu; porque tu não andas plantando nenhuma árvore que mais tarde te servirá de sombra e produção de ar que ventilará a você como inspiração de Deus. Recolha-te, voe para ti e dê carona aos outros. Sem corrupção. Somente assim as tuas asas renovarão sempre, e quando necessitar poderá voar com as assas dos que antes foram por ti desperdiçados.

Nessas condições, não haverá ninguém preso a suvaco, terá assim, uma revoada de coligados da ética sobre o caminho de Deus. 

Em verdade a piada antes contada é mentirosa. Infelizmente, verdade mesmo, é tantos e tantos suvacos armados para abocanhar o sonho de muitos brasileiros.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Cidadãos inúteis

Obs. Esste texto é da época das eleições, não publiquei para não parecer campanha a nenhum dos disputantes.

Não se pode dizer que a democracia brasileira não se desenvolveu. Logo temos por certo que a promulgação da Carta Republicana de 88 veio para difundir a importância da sociedade e do Brasil.

Não é demais lembrar que o amadurecimento desta adormecida democracia vem sendo ameaçada por questões partidárias e pelo fisiologismo escancarado que alimenta as instituições em todo o Brasil.

É reveladora a vontade de se repreender os movimentos sociais e a liberdade de expressão neste país. Importa aqui se dizer, que é por esta razão que a democracia se adormece, tudo em obediência a força incalculável que as instituições políticas partidárias ganharam ao longo dos mais de vinte cinco anos.

Não por expressa maioria, mas pela minoria dominadora e conservadora deste país que a sociedade vem sendo vitimada e presa ao poder capitalista que luta incansavelmente para manter em seus pés os homens e mulheres do Brasil que lutam em favor da igualdade e de novos rumos com conotações que aspirem ao tão sonhado bem comum.

As eleições de 2014 giram em torno de dois temas: o eu fiz e tu não fez e o Bolsa Família. A imprensa brasileira destaca que os principais candidatos ao Planalto em sabatina não empolga a ninguém, sobretudo porque não apresentam nenhum projeto para sacudir o país e o expor como uma das potências mundiais.

Veremos nos debates presidenciais uma enxurrada de acusações e defesas de algo que não mudará em nada a cabeça do eleitor. De forma que o ringue chegará ao final onde se falará de dois assuntos. O primeiro, o Plano Real, de quem FHC é pai e do Bolsa Família, filho adotado por Lula e Dilma mas que gerou na gestão do próprio elitizado Fernando Henrique.

Lula adotou e Dilma mantém a guarda até hoje do Bolsa Família porque não conseguiu criar o Fome Zero, seu filho que acabou morrendo por que não comeu nenhuma vez. Zero, portanto, foi as vezes que a sua barriga encheu.

Bom, o Fome Zero não decolou, levado por Lula ao cartório trocou de nome e virou o Senhor Bolsa Família; há, esse agora foi pra frente luta e vence até hoje qualquer candidato, até mesmo os movimentos sociais que buscam uma reformulação no sistema administrativo brasileiro, que são hostilizados pelo sabor do poder e pelo avanço do controle dos cidadãos inúteis. Os manifestantes brasileiros.


Redovagno Ribeiro

domingo, 15 de março de 2015

Hora um do Brasil.


O título do artigo que tento escrever parece plágio; só parece; mas não é.

Para começar a nossa fala faço um desafio aos que terão acesso a este simples texto que ora escrevo. Tentarei atiçar uma sociedade já aflita, mas que em termos mais grosseiros, podemos dizer que estão aflitos sim, estão ainda entalados e engasgados, porém incapazes de expelir uma bucha por medo de um sistema capitalista que tem se robustado ao longo dos anos.

Por ser uma pátria capitalista, as pessoas já nem sabem se criticar um governo é bom ou ruim. Isso porque na cabeça de alguns mandatários a crítica a seu governo soa  como uma ameaça a tirá-lo do poder. Sabendo ele, que terá de sair com ou sem críticas.

Chegou o dia de hoje 15.03.2015, e assistimos a um Brasil sacudindo de norte a sul. Os brasileiros a gritos clamando por ética e crescimento da nação, destacam entre vários assuntos, o repúdio a corrupção, a inoperância do legislativo, o enfraquecimento das leis e por conseqüência a força do judiciário e o enorme descontentamento com o Governo Federal.

O Impeachment, pedido das manifestações de hoje, não o vejo como a principal saída para o Brasil, a menos que os escândalos a tona, comprometessem diretamente a Presidente Dilma, aí sim, acho que de fato ela não teria condições de está a frente da nação. Mesmo assim, acho que a renúncia ao invés do Impeachment, seria o instrumento ideal para ela e para o Brasil.

Acho que a nação não merece um novo Impeachment porque seria o sangramento de um povo que tem amadurecido e crescido de forma excelente. 

O que falta para esse momento único da Pátria, é que seus mandatários entenda esse momento como a hora primeira, um novo descobrimento do Brasil, passando a pensar de forma totalmente diferente. Não basta dizer que é governo, não basta ser comandante de um Brasil, de um Estado Federado ou de um Município, precisa ser sensato ao povo e a seu futuro.

Talvez muitos que assistem a esse dilúvio de cobranças hoje nas ruas do Brasil as tenha como bobagens e falta do que fazer. Não pense assim. Tai um recado que amanhã pode lhe fazer bem.
Os movimentos e as vozes das ruas, são para a nação como uma vitamina que a longo prazo nos previne contra a robalheira e o descaramento estampado em muitos cantos do Brasil.

A hora um de hoje, deve ser vista como a espada que irá cortar a falta de educação, de saúde, de segurança e trará de volta o fortalecimento do Brasil.

Onde está a educação, a saúde, a segurança e por fim a ética que muitos falam? Ninguém as vê de forma efetiva em nenhum lugar, inclusive em Pilão Arcado todas  andam ausentes. Apesar de serem desconhecidas de nós, esses instrumentos têm se afastado do nosso meio, porque inexiste um projeto na cabeça das nossas autoridades que nos leve a hora um de Pilão.

Pensemos um pouco mais, não somos mais um povo qualquer, tidos muitas vezes como excluídos porque estão longe dos grandes centros. Daqui já se tem advogados, médicos, grandes mestres, escritores etc. Portanto a nossa hora um pode ser hoje.

Amanha, é um outro dia,  e pode ser tarde. Aproveitem o momento do Brasil e todos os cantos para refletirem um pouco mais. Não podemos sermos  impitimados  por falta de uma horinha só de reflexão.

Vamos a batalha, o Brasil será outro a partir de hoje. Contra o fora Dilma,  e a favor de um novo Brasil. Não quero morar em outro Brasil não, quero viver em um novo Brasil.

Prof. Redovagno Ribeiro






segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Além de escrever, sirvo a Deus

RIBEIRO, Redovagno Gomes.
Pilão Arcado, Bahia.

Seria eu insensato, se não reservasse um pedacinho do meu tempo para falar do livro Não Fale a Ninguém, do irmão Gleybson Santana. E, é isso que alinhavo a partir de então.

Pilão Arcado festejou durante a primeira quinzena de novembro de 2014, dois distintos momentos. No dia 13, para a nossa alegria e alento devocional a Cristo, o nosso maior homem, o amigo Gleybson Santana, fez o lançamento do seu primeiro Livro, Não fale a ninguém, em um evento para convidados na Igreja onde é vice presidente, a Assembleia de Deus Betel.

No dia 14 de novembro do mesmo ano, finalzinho da quinzena abençoada, fora inaugurada a Praça da Bíblia em Pilão Arcado, instituída a partir da Lei Municipal nº 118/14, que recebeu outras festividades como cultos em praça pública e o apaixonante Show gospel sob a batuta do cantor Mattos Nascimento.

Bom, agora vamos tentar refazer em um curto voo, uma sucinta explanação acerca da  importância do primeiro momento festivo para Pilão; o lançamento do Livro Não fale a ninguém.

Principiando nesta revoada, é preciso que se diga que o irmão Gleybson foi um homem de coragem, não só pelo fato de escrever seu primeiro livro, más principalmente pelas revelações que expôs ao público através da obra lançada.

Lá foram postas aos olhos do povo, coisas que apesar de serem triviais numa sociedade descrente, nem sempre são elas declamadas por quem as convivem ou são reféns, ainda mais escritas em livros que circulam em todos os cantos possíveis.

O autor revela que foi ofendido moralmente e sofreu preconceitos dos mais inusitados possíveis, pela sua forma e aparência quando adolescente. Lá está exposto que até instituições de ensino o encarava como sendo um elemento de incontornáveis soluções benéficas.

Não se sabia até então, que naquele corpo se residia um homem de alma e fé determinada, que mais sedo do que nunca e tão logo uma fala com Deus pôs no papel sua verdadeira identidade.
Gleybson foi perseguido até por factoide amor de uma reluzente mulher, que o pretendia como namorado, mas sem compromisso algum familiar segundo a sua própria obra. Nesta página da obra, revela até que tudo não passaria de uma tentativa de desmoralização a ser orquestrada para atingir a todo o templo. Felizmente não aconteceu e o “desfigurado” moço acabou se dando melhor.

Bom, mas isso são apenas partes que revelam a vida de um ainda jovem escritor que muito poderás contribuir para o exercício da leitura. Sabemos que não é fácil escrever, principalmente para uma sociedade tão exigente e crítica, tanto do ponto de vista construtivo como destrutivo.
Porém, seu trabalho deve significar não uma obra de marketing religioso ou pessoal, deve ser visto como uma tocha que se principia pelos caminhos do interesse pela leitura, o principal exercício para uma vida alicerçada.

Convido aos que dispensam tal exercício, a se aprofundarem mais nesse galope, a única estrada que nos leva a se interessar e saber mais sobre todas as coisas do mundo. Seja religioso ou não.
Servir a Deus, além de conquistar e seguir as doutrinas é interpretar bem as coisas, isso, possível tão somente mediante o saber ler e escrever. Gleybson é prova disso.


Parabéns a ele e a todos que têm a leitura e a escrita como aliadas inseparáveis. Cristãos honestos precisam se preocupar com a leitura, nós, estamos fazendo a nossa parte. E você?  

Foco na saúde!

                                                                    Rosana Lashley Health Coach / Holistic Nutrition Mentor in Human Develop...