Se nada for feito, em duas décadas não temos
nem profissional nem famílias estruturadas financeiramente. É com esta
angustiada frase que parei para escrever sobre o momento educacional atual. Os miseráveis seiscentos reais ganho por um professor
contratado para lecionar 20 horas, empobrecem Pilão Arcado e envelhecem
prematuramente nossos profissionais.
A educação se alia a
diversos outros fatores na perspectiva de melhoria de vida de uma nação, sendo
unicamente ela, a responsável pela transformação da sociedade, tanto do ponto
de vista cultural como do ponto de vista viver melhor.
Uma via contrária e vista a
olho nu esta na primeira fila em nossa comunidade. É a situação daqueles que
exercem ainda que efetivamente o cargo de professor. Impossível é, um família
sobreviver com um salário mínimo mensal, poderíamos chamar tal situação de
cópia fiel do Bolsa Família acalentador.
A educação não criou os
sistemas sociais, mas ela pode ser uma força que influencia a vida na sociedade.
Isso só será possível
através de ações conscientes, no âmbito da escola e do poder público
responsável, os quais podem iniciar um processo de transformação do sujeito
que, segundo Freire, pode ser operada no âmbito da escola através do educar
para a "re-escrita" do mundo e da sociedade.
O quero representar, é por
óbvio delimitar dispositivos que contenham as necessidades sociais que são
visíveis nos educadores. Creio que muito longe da metade dos nossos professores
possuem por exemplo, um computador em
casa. Internet ainda é uma ferramenta estranha para mais de 90 % (noventa por
cento) dos nossos ensinadores e aprendizes. O pior é que ninguém pode comprar,
pelo menos por enquanto, esta excelente ferramenta.
Por certo, é, quem ganha um
salário mínimo para lecionar está ficando velho para o mercado de trabalho e
para si mesmo, sendo tangido para um quadro ASSUSTADOR, quer seja: SERÁ
UMA DE MUITAS, DAS PESSOAS MAIS POBRES DE PILÃO ARCADO, DENTRO DE POUCOS ANOS. Não haverá outra vertente
que supere esta situação a não ser tratar os profissionais atuais como sendo
pessoas importantíssimas para transformar a nossa cidade.
É urgente a necessidade de
uma, uma reinterpretação do mundo, entende-se que sejam necessárias mediações
que auxiliem os professores a compreenderem aspectos de sua realidade, sendo no
momento as piores possíveis.
Pasmem, gente do bem, estão
apenas esperando um enxutíssimo salário no final do mês, e se envelhecendo
prematuramente, saindo da vida social moderna e se aprisionando aos homens de Maximo
poder econômico. Se eu dissesse que um professor contratado de hoje, será o
escravo de amanhã, acho que não estaria falando asneiras, pois é isto que se
ver ao fundo da cortina escura disfarçada de branco.
Essa é a nossa situação, mas
ainda há tempo e esperança na medida em que devemos alertar nossos políticos
para o perigo que será eminente se todos não unirmos.
Vamos lá na alta caminhada
da serra, descer trilha abaixo e chegarmos ao chão com vida e preparo para
subir novos montes.
Professor Redovagno Ribeiro
- Acaêmico –
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos a sua participação!