domingo, 15 de março de 2015

Hora um do Brasil.


O título do artigo que tento escrever parece plágio; só parece; mas não é.

Para começar a nossa fala faço um desafio aos que terão acesso a este simples texto que ora escrevo. Tentarei atiçar uma sociedade já aflita, mas que em termos mais grosseiros, podemos dizer que estão aflitos sim, estão ainda entalados e engasgados, porém incapazes de expelir uma bucha por medo de um sistema capitalista que tem se robustado ao longo dos anos.

Por ser uma pátria capitalista, as pessoas já nem sabem se criticar um governo é bom ou ruim. Isso porque na cabeça de alguns mandatários a crítica a seu governo soa  como uma ameaça a tirá-lo do poder. Sabendo ele, que terá de sair com ou sem críticas.

Chegou o dia de hoje 15.03.2015, e assistimos a um Brasil sacudindo de norte a sul. Os brasileiros a gritos clamando por ética e crescimento da nação, destacam entre vários assuntos, o repúdio a corrupção, a inoperância do legislativo, o enfraquecimento das leis e por conseqüência a força do judiciário e o enorme descontentamento com o Governo Federal.

O Impeachment, pedido das manifestações de hoje, não o vejo como a principal saída para o Brasil, a menos que os escândalos a tona, comprometessem diretamente a Presidente Dilma, aí sim, acho que de fato ela não teria condições de está a frente da nação. Mesmo assim, acho que a renúncia ao invés do Impeachment, seria o instrumento ideal para ela e para o Brasil.

Acho que a nação não merece um novo Impeachment porque seria o sangramento de um povo que tem amadurecido e crescido de forma excelente. 

O que falta para esse momento único da Pátria, é que seus mandatários entenda esse momento como a hora primeira, um novo descobrimento do Brasil, passando a pensar de forma totalmente diferente. Não basta dizer que é governo, não basta ser comandante de um Brasil, de um Estado Federado ou de um Município, precisa ser sensato ao povo e a seu futuro.

Talvez muitos que assistem a esse dilúvio de cobranças hoje nas ruas do Brasil as tenha como bobagens e falta do que fazer. Não pense assim. Tai um recado que amanhã pode lhe fazer bem.
Os movimentos e as vozes das ruas, são para a nação como uma vitamina que a longo prazo nos previne contra a robalheira e o descaramento estampado em muitos cantos do Brasil.

A hora um de hoje, deve ser vista como a espada que irá cortar a falta de educação, de saúde, de segurança e trará de volta o fortalecimento do Brasil.

Onde está a educação, a saúde, a segurança e por fim a ética que muitos falam? Ninguém as vê de forma efetiva em nenhum lugar, inclusive em Pilão Arcado todas  andam ausentes. Apesar de serem desconhecidas de nós, esses instrumentos têm se afastado do nosso meio, porque inexiste um projeto na cabeça das nossas autoridades que nos leve a hora um de Pilão.

Pensemos um pouco mais, não somos mais um povo qualquer, tidos muitas vezes como excluídos porque estão longe dos grandes centros. Daqui já se tem advogados, médicos, grandes mestres, escritores etc. Portanto a nossa hora um pode ser hoje.

Amanha, é um outro dia,  e pode ser tarde. Aproveitem o momento do Brasil e todos os cantos para refletirem um pouco mais. Não podemos sermos  impitimados  por falta de uma horinha só de reflexão.

Vamos a batalha, o Brasil será outro a partir de hoje. Contra o fora Dilma,  e a favor de um novo Brasil. Não quero morar em outro Brasil não, quero viver em um novo Brasil.

Prof. Redovagno Ribeiro






segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Além de escrever, sirvo a Deus

RIBEIRO, Redovagno Gomes.
Pilão Arcado, Bahia.

Seria eu insensato, se não reservasse um pedacinho do meu tempo para falar do livro Não Fale a Ninguém, do irmão Gleybson Santana. E, é isso que alinhavo a partir de então.

Pilão Arcado festejou durante a primeira quinzena de novembro de 2014, dois distintos momentos. No dia 13, para a nossa alegria e alento devocional a Cristo, o nosso maior homem, o amigo Gleybson Santana, fez o lançamento do seu primeiro Livro, Não fale a ninguém, em um evento para convidados na Igreja onde é vice presidente, a Assembleia de Deus Betel.

No dia 14 de novembro do mesmo ano, finalzinho da quinzena abençoada, fora inaugurada a Praça da Bíblia em Pilão Arcado, instituída a partir da Lei Municipal nº 118/14, que recebeu outras festividades como cultos em praça pública e o apaixonante Show gospel sob a batuta do cantor Mattos Nascimento.

Bom, agora vamos tentar refazer em um curto voo, uma sucinta explanação acerca da  importância do primeiro momento festivo para Pilão; o lançamento do Livro Não fale a ninguém.

Principiando nesta revoada, é preciso que se diga que o irmão Gleybson foi um homem de coragem, não só pelo fato de escrever seu primeiro livro, más principalmente pelas revelações que expôs ao público através da obra lançada.

Lá foram postas aos olhos do povo, coisas que apesar de serem triviais numa sociedade descrente, nem sempre são elas declamadas por quem as convivem ou são reféns, ainda mais escritas em livros que circulam em todos os cantos possíveis.

O autor revela que foi ofendido moralmente e sofreu preconceitos dos mais inusitados possíveis, pela sua forma e aparência quando adolescente. Lá está exposto que até instituições de ensino o encarava como sendo um elemento de incontornáveis soluções benéficas.

Não se sabia até então, que naquele corpo se residia um homem de alma e fé determinada, que mais sedo do que nunca e tão logo uma fala com Deus pôs no papel sua verdadeira identidade.
Gleybson foi perseguido até por factoide amor de uma reluzente mulher, que o pretendia como namorado, mas sem compromisso algum familiar segundo a sua própria obra. Nesta página da obra, revela até que tudo não passaria de uma tentativa de desmoralização a ser orquestrada para atingir a todo o templo. Felizmente não aconteceu e o “desfigurado” moço acabou se dando melhor.

Bom, mas isso são apenas partes que revelam a vida de um ainda jovem escritor que muito poderás contribuir para o exercício da leitura. Sabemos que não é fácil escrever, principalmente para uma sociedade tão exigente e crítica, tanto do ponto de vista construtivo como destrutivo.
Porém, seu trabalho deve significar não uma obra de marketing religioso ou pessoal, deve ser visto como uma tocha que se principia pelos caminhos do interesse pela leitura, o principal exercício para uma vida alicerçada.

Convido aos que dispensam tal exercício, a se aprofundarem mais nesse galope, a única estrada que nos leva a se interessar e saber mais sobre todas as coisas do mundo. Seja religioso ou não.
Servir a Deus, além de conquistar e seguir as doutrinas é interpretar bem as coisas, isso, possível tão somente mediante o saber ler e escrever. Gleybson é prova disso.


Parabéns a ele e a todos que têm a leitura e a escrita como aliadas inseparáveis. Cristãos honestos precisam se preocupar com a leitura, nós, estamos fazendo a nossa parte. E você?  

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

2014 de glórias ou pútrido?


O futuro a Deus pertence. E não adianta espernear. Ele fez os céus e a terra. Portando, prego batido e ponta virada. Ninguém conseguirá extrair esse prego, muito menos destruir essa obra. Bom, alguns fatos importantes marcaram as nossas memórias em 2014, algumas delas bem que poderiam ir ao sacrifício assim como esse ano que se encerra logo mais.

Atacando sem piedade as camadas mais pobres, a corrupção deveria explodir como um asteroide e desaparecer no espaço, sem deixar cheiro nem cor. É possível reconhecer que apesar do enfado de centenas de pronúncias da palavra corrupção durante todo esse ano que se encerra, ele irá nos deixar algumas lições.

Uma das lições foi a efetiva investigação da Polícia Federal e do Ministério Público que culminou na prisão de muitos, indiciamento de outros e, infelizmente muitos outros precisam ser investigados em 2015. Entendo que a prática da corrupção precisa ser enfrentada como o atual e maior pecado da humanidade. Portanto, por minúsculo que seja o ato corrupto, o indivíduo deve ser punido e se for o caso, ir ao xadrez.

Fico me perguntando como será que estão as cabeças dos magistrados brasileiros. Não sou nenhum vidente, mas acredito que todos estão preocupados com essa tsunami de informações e denúncias de corrupção.

Há de se pensar que esse tema deve ser atingido com mais rigor, no entanto, é preciso que se invista mais em educação, assim, expondo os perigos desse mal, será possível esclarecer para a sociedade jovem que, uma vez sendo corrupto, outros meliantes virão para o ringue, e aí, a corrente malvada não para de crescer.

Entendo que sobre esse insaciável tema, há um sentimento enorme de que ser corrupto não é um negocio ruim. Digo isso porque se escuta muito que, já que vai roubar, roube muito logo, assim, fica rico e mesmo que vá a cadeia, terá grandes chances de sair, seja por ter um bom advogado, seja pelo viés da Lei que ainda é falha.

Uma outra boa lição, é o clamor das ruas pedindo justiça. Nesse ponto, há um sabor bem distinto. Se de um lado o povo vão as ruas pedir melhorias na coisa pública, por outro, ao que parece, ainda não há preocupação por parte dos corruptos com as vozes roucas das ruas. Assim, ou se pune mais, ou a miserável corrupção se tornará um tema normal, a ponto de se formar outras características como disputa pelo topo da malandragem. Talvez até venha por aí, concurso para se escolher quem rouba com mais sutileza e perfeição.

Resumindo, o nível de confiança no Brasil e aí se incluiu todas as esferas de governo é muito pouco. Que venha 2015, mas que, nos reunimos sempre para dizer para nós mesmos que corromper é uma desgraça. Não pense que talvez um simples ato de favorecer alguém prejudicando outros, não seja corrupção, é sim, e deve ser punido com os rigores da Lei.

A título informativo, a corrupção pode ser definida como utilização do poder ou autoridade para conseguir obter vantagens e fazer uso da coisa pública para o seu próprio interesse, de um integrante da família ou amigo.

Em fim, fazemos das nossas profissões um êxito e um degrau alcançado, não o destrua fazendo jeitinho e arrimos que impedem a camada mais pobre de sair da miséria. Se agires assim, possa crer que, ainda que a justiça da terra não veja, a do céu não vai falhar, e você pode arder no purgatório sem saber o porque. São fortes as nossas palavras, reconheço, mas nem tudo são miasmas. 

A vida ainda tem enormes importâncias. Razão porque nesse final de ano, é o ideal momento para nos recolher e pedir ao grande criador do universo que estamos comprometidos com a celebridade e crescimento da ética, e prontos para um novo processo contínuo de relacionamento equilibrado entre toda a humanidade.

A vida é para quem se atreve a viver e não se vive aliando-se a corrupção, ao contrário, ela é um suicídio que mata aos poucos e que não tem perdão. Rico é quem trabalha e não se envergonha dos seus atos. Pobre é aquele fracassado que se rendeu ao jeitinho e à corrupção, epidemia solta no ar. Porém, vacine-se contra ela, seja um pobre rico e de valores universais.

Tenham todos uma vida abençoada e extremamente forte e preparada. Que o ano de 2015, seja de sucessos e conquistas absolutamente energizadas do Poder de Deus. Boas festas e muita tranquilidade na tua vida.

Um forte abraço – Redovagno Ribeiro – 24.12.2014.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Educação: Um instrumento para a vida que a todos pertence







Principio não elogiando ao MP, porque talvez não possuo esse cacife, mas agradecendo ao Ilustre Promotor local por tão importante ação, sobretudo em relação à reposição das aulas que possivelmente tenham sido suprimidas em função do descumprimento da vigente proposta pedagógica. É a medida mais positiva possível e todos saem ganhado, o Estado baiano já fizera isso algumas vezes antes.

Não sou o ator principal de quem se espera a melhor resposta para este tema em comento. Faço uma crítica, claro, construtiva aos pais e ao Ministério Público, a quem já me dirigi em outro momento pedindo que nos ajudasse a resgatar o prestígio da Educação. Aos pais, porque tardaram para se manifestarem e ao MP, porque ainda não apresentou a essa sociedade uma proposta que atraia todo o corpo docente, discente e administrativo, como se mostrou favorável desde abril próximo passado. Talvez, data vênia, o MP tenha esperado por nova fase, como esta manifestação que culmina nesse salutar acordo para poder agir. Por esse ângulo, a falha é de todos nós pais. Pois, a justiça precisa ser provocada, para que, a par de um fato, tome as devidas providências. Assim faz o MP, o guardião das Leis brasileiras. Nosso principal advogado, aos quais, devemos muito, e, precisamos contribui também. Fazer, o que se chama, da nossa parte.

A educação precisa ser perseguida na base de tudo, antes do sonho, para dormir com ela projetada, sob o risco de sonhar pesadelos. A educação flui positivamente quando se chama para o debate toda uma comunidade, como os pais, os alunos, os professores, pedagogos e as organizações pertinentes. Isso só é possível, se a sua largada for logo aos primeiros dias de cada ano letivo.

Deste debate, é preciso que se colha as mais diversas informações possíveis em relação a pedagogia do ensino, com ênfase para uma pesquisa de campo, para identificar seus focos e asperidades estranhas. Com isso, é possível diagnosticar as culturas e preferências regionais, princípios sagrados para a efetivação da educação. Mas não é só isso. Uma infinidade de horizontes e parceiros devem serem envolvidos, não para falar de salários atrasado ou de transporte, mas do conjunto que se arquiteta a educação.

O instrumento básico e indispensável para se chegar ao sucesso e entrelaçar todas as alinhavadas premissas, é uma Proposta Pedagógica aprovada sob a batuta de toda a sociedade educativa e civil. A proposta pedagógica elaborada e aprovada para orientar o ano letivo de ao menos 200 dias, é inarredável. Se não aprovar uma proposta pedagógica para a educação, inclusive prevendo os direitos e deveres de cada envolvido, não há, como desempenhar o papel educativo. Tudo não passará de um local tal qual um circo bem enfeitado e sem bons atores. Moral: existir só para gastar o dinheiro público com folha? Não. INVESTIR O DINHEIRO PÚBLICO para se alcançar dias melhores e seres humanos preparados.

Sem querer ser crítico a ponto de ser mal visto pela educação, eu desconheço qualquer proposta pedagógica que tenha sido aprovada durante a jornada anual de educação para Pilão Arcado. Se estivermos falando a verdade, isso dificultará o nosso maior parceiro o Ministério Público, que, se manifesta de forma exemplar.


Bom, meu comentário parte da premissa de que é preciso nos organizar e contribuir e não basta está aqui atirando pra todo lado. O poder público tem as suas falhas, mas, para sermos educados, devemos procurá-lo para as tratativas necessárias, pois a educação é de todos e salva vidas.
Vamos adiante, lápis e cadernos nas mãos e educação no coração. Abraço deste apaixonado pelas letras. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Agonia do Rio São Francisco é sêde.

RIBEIRO, Redovagno Gomes.

Pilão Arcado – Bahia – outubro de 2014.



Numa viagem a um dos momentos mais tristes e insaciáveis da história brasileira, ocorrido na segunda parte do segundo semestre de 2007, dava-se uma luta impressionante e oposta ao Governo brasileiro na tentativa de barrar as obras de Transposição do Rio São Francisco.


A decisão de não comer mais nada até que o Governo à época, o então Presidente Lula recuasse do projeto das obras da Transposição do Rio São Francisco, Dom Luiz Flávio Cappio, surpreendeu todo o mundo ao decidir pôr a sua vida em risco, em defesa das águas do rio mais importante do Brasil. O São Francisco.

Dom Luiz Flávio Cappio, emocionou a todos nós com aquela sua decisão que durou cerca de 24 dias, e, foi encerrada ao lhes darem entrada em um hospital à beira da morte. Enquanto isso, o Governo do Presidente Lua insistia em não ceder às pressões do debilitado sacerdote baiano.

Revejam e sintam o clima de paixão do Bispo de Barra, Bahia, ao anunciar o fim daqueles, sei lá, se de intragraveis dias, ou, de belíssimos dias.  Tudo aquilo em defesa do Rio, que agora, é ele quem enfrente, não por vontade própria, mas forçado pela agressão humana, a mais ardente greve de sede, que deve ter um fim ainda mais chocante que o de Dom Cappio. A morte. 

Depois desses 24 dias encerro meu jejum,   mas não a minha luta que é também de vocês, que é nossa. Precisamos ampliar o debate, espalhar a informação verdadeira, fazer crescer a nossa mobilização. Até derrotarmos este projeto de morte e conquistarmos o verdadeiro desenvolvimento para o semiárido e o São Francisco. É por vocês, que lutaram comigo e trilham o mesmo caminho que encerro meu jejum. Sei que conto com vocês e vocês contam     comigo para continuarmos nossa batalha para que todos tenham vida e tenham vida em abundância.    (Trecho da Carta de Dom Luiz Flávio Cappio – Folha de São Paulo, 20.12.2007.

Naquele ano, se por um lado, a imensa maioria se solidarizava com Dom Luiz Flávio Cappio, setores o tinham como intransigente, ao pôr a sua própria vida em risco, se opondo a um projeto que o governo o tem como a maior obra de todos os tempos. Até setores mais conservadores da Igreja achavam à época, um exagero por parte do Bispo, entendendo que a ação não tinha apego e fundamento bíblico.

 A atitude de Dom Luiz Cappio tem sido a principal força que se opõe à estratégia governamental de manipulação da opinião pública e sem essa disposição moral o assunto há muito já teria sido absorvido pelo pensamento único que o poder impõe, como vem fazendo em relação a outras questões. A repercussão do gesto de Dom Luiz é prova de que a firmeza moral, a honestidade e a solidariedade ainda contam, apesar da falta de ética dominante no país e, principalmente, nas esferas dos poderes da república. O governo e a grande imprensa ignoram ou diminuem a importância da atitude de Dom Luiz, até porque não se podem expor a uma discussão aberta quanto ao caráter ético-político da decisão de transpor o São Francisco, devido ao risco de que as verdadeiras motivações se tornem mais claras.
Aqueles que estão comprometidos com os interesses antipopulares querem que a atitude do bispo apareça como arcaica, intransigente e patética, para assim desmerecê-lo junto à opinião pública. Trata-se de uma tática tipicamente totalitária que por si mesma já denuncia a máscara popularesca atrás da qual se esconde um governo profundamente comprometido com os grupos que detêm o poder econômico. A coragem cristã de Dom Luiz, longe de ser fora de época, representa um autêntico compromisso com as causas populares, hoje totalmente abandonadas por todos os partidos políticos. Ela mostra a grandeza do indivíduo frente a uma sociedade que os poderes constituídos desejam que se torne cada vez mais degradada, para assim facilitar o trabalho de dominação. (A afirmação é de Franklin Leopoldo e Silva, professor de filosofia da USP, em entrevista, concedida por e-mail, à IHU On-Line em 20 de janeiro de 2008).
Vamos então a partir de um curto voo e sempre com base nas mais diversas matérias televisivas e de jornais impressos, contar a atual situação do Rio São Francisco. Recentemente foi amplamente divulgado pelos meios de comunicação de massa que o Rio São Francisco acabara de secar a sua principal nascente.
O biólogo Humberto Mello, do Aquário do Rio São Francisco, localizado no Zoológico de Belo Horizonte, considera como um aviso o fato de a nascente do rio, na Serra da Canastra, ter secado. “As ações preventivas não devem partir apenas dos governos, mas de toda a sociedade. Há vários trechos do São Francisco em que é urgente a recomposição da mata ciliar. É importante que ribeirinhos preservem a vegetação, para evitar o assoreamento do curso fluvial”, explicou, acrescentando que os ciclos da vida dos rios podem exigir até uma década para que a vazão se recupere. (em.com.br – 26.09.14).
Longe de atribuir ao governo tudo aquilo que ocorre atualmente com o Rio São Francisco; mas é preciso que se diga que a faraônica obra de transposição das suas águas não veio no tempo exato e precedida de um projeto de revitalização que deveria ter ocorrido há umas quatro décadas atrás.
Digo isso com base numa comparação bem simples. Inicio dizendo que tudo se acaba, ainda mais se dali só retiramos e não reponhamos o suficiente para seu reabastecimento.
Falando-se do Rio São Francisco, dele infelizmente só querem a água, não dando ao seu firmamento seu necessário abastecimento. Que nada mais seria, senão um cuidado especial com as suas matas ciliares, um projeto de revitalização efetivo e capaz de impedir o despejo de lixos e erosões, além de estender todas as ações pertinentes a todos os outros rios que banham o nosso querido Brasil.
Infelizmente os cuidados necessários para com o Velho Chico estão em segundo plano. Assim que isso forem repensados de outra forma, será, pois, tarde demais.
Possam acreditar, as noticias não deixam dúvidas. A agonia já estará transformada em, o maior velório de todos os tempos, iniciado desde 1501, ano do seu descobrimento. Quer seja, a morte do Rio São Francisco causada pela sede.
Será uma tragédia. Talvez aqui esteja a explicação para o novo fim do mundo, que segundo pergaminhos será acabado por um enorme fogo. Nestas circunstâncias, por especialistas que sejam os médicos que salvaram a vida de Dom Luiz Flávio Cappio, não reverterão o coma do Velho Chico.
Por este ângulo só se tem uma dúvida. Quem vai chorar pelo Rio São Francisco? Talvez ninguém. Morreras se esticando de sede e calor sozinho e sem amigos, pois aqueles que ele ajudou a crescer serão para ele o que representa para nós hoje, as ossadas dos dinossauros que habitaram a terra há milhões de anos.
Parece um enredo teatral de um desesperado homem, mas creio não ser. Trata pois, de um filme real. A sede enfrentada pelo Rio São Francisco é preocupante e já afeta os pulmões de toda a fauna e de todos homes e mulheres brasileiras.
Se algo não for feito, a tragédia anunciada pelo Bispo Dom Luiz Flávio Cappio será concretizada. Não basta se preocupar, é urgente a necessidade de uma tomada de decisão nos moldes mais avançados possíveis, para caminhar na tentativa da salvação não só do rio, mas de toda uma futura geração.
O momento atual é precioso para estas discussões, porém tão pouco se debate sobre o tema. Falo com relação ao momento eleitoral, ausente de até um programa de governo de ambos os lados, que tenha olhares fixos para tal fim; digo, recomeço de anunciado fim de toda a nação brasileira.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Uma teia sem aranha

Num rumo certo e muito explorado, a aranha constrói a sua teia a prova de tudo. A prova de sol, a prova de chuva, e, se defende do jeito que pode. Sem nenhum curso de engenharia e sem medo de aventuras, sobem rumo acima tecendo e inaugurando seu complexo residencial com a mais alta aparência paisagista e sabedoria.

 Vista como animal quase que sem nenhum valor, a aranha fala do alto de seu condomínio impregnado de beleza e decorações, com alto e bom tom àqueles que se acovardam da escravidão da vida, dizendo que lutar é uma missão reluzente.

Pena que mesmo se preocupando em dar seu recado aos outros moradores que a olham, estes, insistem em não colher nenhum aprendizado da mestre aranha. Achando até que se trata de uma senhora que só constrói embaraço e nada mais.

Lixo embaixo do tapete é uma velha prática sabatinada na boca dos vizinhos do condomínio que aglomera vizinhos próximos à aranha. Pra lá também são varridos não só lixos, são empurrados também fios de sabedoria e de teias bem repaginadas que poderiam fazer o bem sem olhar a quem.

Conquanto, são jogadas debaixo do tapete como forma de emparedarem e impedir que aranhas do bem possam aproveitar tais linhas e construírem uma teia maior que todos os condomínios juntos. Equivaleria dizer que, as aranhas em maiores proporções e força, tomariam a posse de uma cidade inteira.

Na posição dos que entendem que as aranhas só sabem construir embaraços, fico achando que estes zangões, os temidos lideres passageiros e vencedores por influencias mínimas que podem ser lixo, estão desnorteando a sua vida, e serão desabrigados por conta do descrédito às linhas de raciocínio técnico e de boas práticas que poderiam ter aprendido com as aranhas reais.

Milagrosamente, os vendedores de prestígios que guardam o condomínio palaciano se salvam na maioria das vezes. Em contrapartida, exercem o poder de desqualificar a inteligência das aranhas. Vencem as miseráveis lutantes e forçam os invejáveis castelos aranhes a se transformarem em ruínas que só servem para entrarem para os livros de histórias, meias que sem sentidos fáticos.

Sem nenhuma proteção, nem mesmo um colete a prova de tudo, vencidos ficam os pequeninos reluzentes, navegando sem ter onde abarcar. Não abarcam porque muitas das suas canoas se tornaram alvos dos palacianos e viraram lixos atracados bem abaixo dos tapetes.

Assim, as teias que tentam desafogar livrando-se dos zangões, não conseguem ancorarem em nenhum betel, onde poderiam se livrar de ao menos, uma  descolorida força palaciana.

Nessa empreitada, ficam nômades as aranhas, apenas, fazendo histórias ainda que minúsculas, em função das suas inteligências adquiridas sem diplomas, porém fritadas no tribunal dos altíssimos detentores de prestígios.

O custo de tudo isso, é a altivez hepática, que se sobrepõe a todos que lutam numa difícil tarefa de tecer a própria vida, e a verem vencida e sem teia própria e capaz da sobrevivência natural das coias.

Ficam após tudo isso, apenas a sensação de um dever cumprido em defesa da aplicação de boas práticas. Com isso, resta apenas uma teia construída, para nada e para ninguém.

Mesmo assim, continuemos tecendo e desenvolvendo os melhores trabalhos técnicos, no sentido da boa geração e boas práticas sociais, assim como faz a aranha.

Busquem, não se pode abdicar jamais do direito à quebra do muro que empareda as coias, defendeis as coias e uma boa vizinhança, para que aqueles que têm a legitimidade do poder, possam adotar as melhores políticas para o desenvolvimento sociocoletivo.


E assim sendo, sois aranhas ou não, é certo que outros tapetes palacianos cairão sobre nós, e como lixos seremos tratados, porém reciclados e diplomados, prontos, para fazer da fraqueza força e do isolamento anjos que jamais perderão a batalha. 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A dureza de se chegar ao mundo.

Redovagno Ribeiro
Julho de 2014

Numa sacada aventureira a humanidade chega ao mais complexo e ousado mundo. A aventura que nunca se vence inicia logo após a formação do feto por completo.

A fase mais tranquila ainda é a aquela vivenciada no ventre da mãe por curtos nove meses, que de tão gostoso que é aquele período, a criança esperneia e se move sem querer deixar a barriga da mãe. Parece que ela entende que logo se encontrará com um gigante invencível e perverso.

A disposição que se tem por toda a vida é imensa e impossível de se calcular. Acreditamos que nem mesmo após a morte ela não se disfarce, pois, é bem verdade que continua a expectativa pela salvação da alma. Isso nos remete a impressão real de que não se deve abandonar a luta nem morto. Parece claro assim, que a vida corre atrás da morte, e a morte atrás da salvação. 
Um ciclo que parece não ter fim. Em contrapartida, tudo resulta numa busca árdua por algo melhor.

Anuncia a Bíblia que mais tarde todos serão chamados para o julgamento final, até aqueles já sepultados. Será naquela assentada como imaginamos perante o Deus todo poderoso que ocorrerá a prestação de contas de tudo aquilo que se fizera durante a vida melancólica que durou enquanto esteve neste mundo de “fogo” e de cristais.

Dureza bem maior será para os condenados, se é que haverá. Os quais segundo alguns estudos serão remetidos ao inferno. Ora, não se coloca em dúvidas a capacidade e poder do Divino Espírito Santo, mas se realmente houver essa tal condenação e essa intragável prisão, daí poderá vir a maior e a mais horrível punição que poderemos ver ou receber.

Subentendo não ser bem assim, a ideia em nada tem haver com o amor e a paixão de Cristo para com seus inseparáveis filhos. Haverá, creio, um julgamento sem o encaminhamento de quem quer que seja ao complexo do diabo. Não dar para crê nisso.  Jamais Deus dará ao seu semelhante à brusca prisão na Casa do Diabo.

Digo isso porque nem mesmo se houvesse tal punição, pra lá não iria os profanos como alguns nos chamam. Razão porque o Deus que creiamos, não faz acordos com o Diabo, sequer condena alguém para a ele ser submetido.

Por relevância que é, voltemos a falar da dura passagem pelo mundo que encaramos. Fazendo com que muitas vezes achamos que a punição que merecemos, conosco ela se manteve tão somente durante a vida que logramos. É possível que esta seja a mais razoável interpretação dentro deste orgulhoso assunto.

Num estilo que nem nós mesmos entendemos, o homem se joga ao mundo torturando a si mesmo. Tempos passam e logo as rugas aparecem e ele continua se achando o melhor e o maior homem entre os outros.

Nasce rico e fica pobre, depois fica rico e pobre novamente. Isso ocorre porque aquilo que se reconhece como bem material, o transforma num indivíduo que voa sem ter onde pousar e pode acabar morrendo sem saber e doendo sem sentir dor.

A miserabilidade está em cada um de nós, isso porque nós mesmos planejamos a nossa derrota que nos causa consequências avassaladoras, e, nos impede de ser capazes de vencer a ignorância, a tortura, a perseguição e a fraqueza que logo culmina na morte prematura.

A pecaminosidade germina a partir da premissa de se achar invencível e superior em tudo. Daí em diante ele se abarca numa vida que mata a si e os outros, navegando num caminho inserto e sem merecer chegada, porém continua sem entender, ou porque não quer, ou porque acredita na sua própria força. Há tá! Esse caminho poderá tá te levando a sua própria morte.A razão de si vir ao mundo é outra camarada. Podemos fazer muito, mas o progresso humano na sua conjuntura é olhar para o horizonte estendendo a vida além dele.

Não há razão para viver atropelando a sua própria sombra, ela tem de ser respeitada assim como se respeita a dos outros. Ela pode ser vista como um sinal de que você não está sozinho aqui, e precisa se organizar para não esbulhar o campo que não é só seu.

O granjeio de objetos, produtos e até de dinheiro adquiridos, não podem se sobrepor a dignidade das pessoas, pois, assim sendo, envereda-se por caminhos sem sabor, e pior ainda, afetando a vida dos seus semelhantes.

Conosco está a luta de viver, e, Ele, o Rei Jesus não te abandona, mas guarde consigo uma verdade, o julgamento virá e pode não ser aquilo que você espera.
Naturalmente tudo é visto como bom, mas as atitudes modéstias é que nos prova que se veio pra lutar e vencer, nunca ser vencido.

Assim, já dizia Sócrates: o que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São essas as virtudes que devem formar o seu caráter.

Sendo assim, não há dureza alguma ter chegado até aqui, o que falta é encarar com gratidão e lealdade a tudo e a todos.


Viva essa arca construída por Deus, mais forte e mais reparativo do que a arca de Noé. Com uma condição. Se contenha. O mundo não é somente seu! Tá lembrado disso?

A ascenção das multidões e o enredo arruinado da política brasileira

  De maneira crua, tenho alertado as figuras do mundo político com as quais lido no meu dia-a-dia no sentido de que o povão está se rebeland...