Era década de trinta, o nordeste do Brasil tinha uma das menores taxa de crescimento econômico. Sabino, homem da roça, era festeiro e não perdia um arraia. Numa daquelas festas bem falada da região, Sabino se arrumou sedo. Foi a roça apanhou seu cavalo bigodinho deu água e banho remendou os arreios velhos e preparou a velha camisa listada e a bela calça vermelha boca de sino.
A tardinho, pronto para a viagem de mais de
dez léguas pediu aos pais e lá se foi Sabino. Ao chegar na festa se lembrou do
perfume que ele nem conhecia e nunca tinha usado. Sabino então apanhou o
sabonete alma de flor e raspou um punhado de sabão e passou no sovaco. No meio
da festa Sabino estranhou as gargalhadas dos amigos, que diziam Sabino você ta tomando
banho. Sabino então se lembrou que era o
sabonete que tinha usado e estava debaixo do braço um enorme pacote de espuma.
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