sábado, 11 de agosto de 2012

O sumiço do perfume.






Era década de trinta, o nordeste do Brasil tinha uma das menores taxa de crescimento econômico. Sabino, homem da roça, era festeiro e não perdia um arraia. Numa daquelas festas bem falada da região, Sabino se arrumou sedo. Foi a roça apanhou seu cavalo bigodinho deu água e banho remendou os arreios velhos e preparou a velha camisa listada e a bela calça vermelha boca de sino.

 A tardinho, pronto para a viagem de mais de dez léguas pediu aos pais e lá se foi Sabino. Ao chegar na festa se lembrou do perfume que ele nem conhecia e nunca tinha usado. Sabino então apanhou o sabonete alma de flor e raspou um punhado de sabão e passou no sovaco. No meio da festa Sabino estranhou as gargalhadas dos amigos, que diziam Sabino você ta tomando banho.  Sabino então se lembrou que era o sabonete que tinha usado e estava debaixo do braço um enorme pacote de espuma. 

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